A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), deu detalhes sobre a prisão do soldado do Exercito, Makson de Oliveira, de 21 anos, suspeito de matar Fabiane Mendes da Silva, de 20 anos, no bairro Colônia Terra Nova, na Zona Norte de Manaus, e Angélica Oliveira Nascimento, de 31 anos, na rua Araçaí, bairro Flores, Zona Centro-Sul de Manaus. As duas vítimas, segunda a polícia, eram garotas de programa.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, Makson, conhecia as vítimas pelas redes sociais e encontros sexuais mediante a pagamento, e ia até o local onde as vítimas atendiam, e no fim do programa, as matava asfixiadas.
“Ele era o soldado Makson de manhã e à noite ele se utilizava aí do apelido de Mateus nas redes sociais, para atrair suas vítimas. Ele é uma pessoa que tem um padrão de mortes, já estamos tratando como mortes em série, tendo em vista e que já identificamos duas vítimas. Todas são jovens mulheres jovens, que realizavam encontros clandestinos, encontras sexuais mediante de pagamento”, disse o titular da DEHS.
O soldado não usava o seu veículo, e para cometer os crimes, solicitava um veículo de transporte por aplicativo.
Cunha não descarta que possa haver outras vítimas, já que houve outros registros em Manaus de mortes de mulheres que trabalham realizando encontros sexuais.
“A gente adianta que é possível sim termos outras vítimas desse indivíduo, as investigações não estão finalizadas e é possível que tenhamos novas vítimas. Infelizmente a gente tem notícias de outros casos aqui estão em andamento na nossa delegacia e tudo está sendo minuciosamente.” finalizou o delegado.
A delegada Marília Campelo, do Núcleo de Feminicídio da DEHS, descreveu Makson como “Misógino”, e que nutria sentimento de ódio e discriminação contras por mulheres.
Ela também afirmou que em depoimento, que o soldado disse que matou Fabiane porque ela quis roubar seu celular, e que no caso de Angélica, ele teria roubado o celular dela.
“Na verdade essa situação de roubar celular e de ser roubado, é apenas uma desculpa que ele usa para justificar esse ódio que ele sente aí no íntimo dele dessas mulheres. A gente ressalta aqui que não importa se essas moças eram garotas de programa, que faziam acompanhamentos, elas são mulheres, elas são vítimas de feminicídio tanto quanto uma mulher casa”, disse a delegada.
A autoridade policial disse que também não acredita que o suspeito tenha transtornos que o fazem cometer crimes: “Ele é uma pessoa bastante fria, eu não vou dizer aqui que ele tem algum transtorno psicológico porque é muito fácil ser cruel, matar mulheres e depois apresentar um laudo médico. Então ele tem que comprovar isso com um psiquiatra (…) Ele matou elas duas por meio cruel, por asfixia. Então além do feminicídio, do homicídio qualificado por feminicídio, nós também vamos indiciá-lo nos dois casos, pela morte cruel por asfixia e também por impossibilidade de defesa dessas vítimas. Ele disse que nas duas ele aplica um golpe de mata-leão”, pontua.
O suspeito foi preso após uma equipe operacional ficar de campana, para que ele não fizesse uma nova vítima.
Em um primeiro momento, o suspeito teria negado os crimes, mas após serem mostradas provas técnicas, Makson confessou o crime.
“Nós não temos apenas a confissão do Makson, nós temos provas de que ele esteve nos locais indicados, o horário que ele chegou, o horário que ele saiu”, finalizou Marília.
O caso continua em investigação.
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