O Ministério da Saúde anunciou que a distribuição da vacina contra a dengue está programada para iniciar na segunda semana de fevereiro. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou a informação durante uma reunião de emergência com representantes do Distrito Federal e sete cidades do Entorno.
Segundo Nísia Trindade, o atraso na distribuição se deve à espera pela regulamentação técnica da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), especialmente em relação à disponibilização das informações da vacina em português. A expectativa do ministério é de que todas as demandas sejam atendidas na próxima semana, permitindo que a distribuição tenha início em até 15 dias.
A vacina, chamada de Qdenga, será distribuída para 521 cidades com alto índice de incidência da doença. No total, serão disponibilizadas 6,5 milhões de doses este ano, com a aquisição de mais 9 milhões de doses prevista para 2025. O público-alvo serão crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, faixa etária que apresenta um alto número de hospitalizações por dengue, de acordo com o Ministério da Saúde.
Os critérios para a seleção dos municípios incluem ter mais de 100 mil habitantes, alta transmissão de dengue com maior número de casos em 2023 e 2024, e predominância do sorotipo 2 da dengue em dezembro do ano passado. A quantidade de doses destinadas a cada localidade não foi divulgada pelo ministério.
A vacina Qdenga, baseada no vírus vivo e atenuado do sorotipo 2 da dengue, requer duas doses subcutâneas com intervalo de três meses entre elas. Estudos clínicos demonstraram que a vacina possui eficácia na prevenção de casos sintomáticos de dengue e na redução de hospitalizações em decorrência da doença.
Embora a vacina seja considerada segura, existem algumas contraindicações, como para pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida, pacientes com HIV sintomático, grávidas e lactantes. Além disso, foram identificados diversos efeitos colaterais comuns após a vacinação, como dor no local da injeção, dor de cabeça, febre e outros sintomas gripais.
A distribuição da vacina contra a dengue representa um importante avanço na prevenção e controle da doença, especialmente em regiões com alta incidência. O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação para proteger a população vulnerável e reduzir o impacto da dengue na saúde pública.
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