A funcionária pública Vilmara Dantas, 32, passou 20 dias internada para se tratar da Covid-19, no Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto. Na manhã desta sexta-feira (12/02), após passar por uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ser intubada, a funcionária pública teve alta. E na despedida do hospital foi recebida pelo marido com dois buquês de flores, um para ela e outro para a equipe do hospital e profissionais de saúde de todo o estado do Amazonas, que estão enfrentando a pandemia do novo coronavírus.
“A sensação é de carinho, de cuidado, de amor. Eu sei que realmente foi muito preocupante esses dias, a aflição dele, dos amigos que estavam aqui envolvidos, mas eu consegui superar. É uma sensação de gratidão a Deus, pela vida; e a essa grande equipe de profissionais também, que salvam vidas, são nossos anjos, então hoje a minha sensação é de gratidão”, disse a paciente, muito emocionada, após receber a homenagem do marido e agradecer a todos os funcionários das enfermarias clínica e de UTIs.
O esposo Henrique Paiva, 44, estava aflito e eufórico com a melhora de sua amada. Foi ele quem acompanhou toda a trajetória de Vilmara, desde o dia 21 de janeiro, quando ela sentiu os primeiros sintomas da doença. Além dos buquês, Henrique também confeccionou uma faixa com dizeres de agradecimento aos profissionais de saúde, que foi colocada na entrada do hospital. Ele conta que a atitude, além de ser um agradecimento aos profissionais, deu-se após ouvir críticas direcionadas às equipes médicas.
“Um gesto de agradecimento, uma forma de agradecer a classe médica que está lutando a cada dia para salvar vidas. Infelizmente há perdas, por conta dessa doença que assola não só a nossa cidade, mas todo o Estado, todo o país e o mundo. E enquanto uns criticam, enquanto alguns dizem que é simplesmente obrigação dos médicos, a gente entende que eles estão indo além do juramento que fizeram”, conta Henrique.
Dos 20 dias que ficou internada no hospital, Vilmara passou 15 dias na UTI. Ela entrou em coma, foi intubada; e no dia 8 de fevereiro teve alta da unidade de alta complexidade. Sua melhora foi muito comemorada pela equipe do hospital, um corredor da vitória foi montado e diversas fotografias foram feitas, acompanhadas de muita felicidade e gratidão, como relata a enfermeira Tatiane Freire.
“A sensação é de dever cumprido. Como muitos vêm, a gente tem muitas perdas, mas quando tem uma história como a dela, de superação, de ter sido atendida por nós, ter ido para a UTI e graças a Deus, conseguiu a alta, é a sensação de dever cumprido, de alívio, de esperança, de melhorias para cada um e isso consola e conforta os nossos corações”, afirmou a enfermeira.