Manifestações em diversos países marcam o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira. Na Coreia do Sul, mulheres se vestiram de bruxas e seguraram cartazes com dizeres feministas; em Bangladesh, elas marcharam pedindo melhores condições de vida e o fim da violência doméstica; e na Espanha, fizeram um dia de greve e pedalaram pelas ruas de Madri.
Uma passeata também está marcada para ocorrer às 16h, a partir da Candelária, no Centro do Rio, com enfoque na defesa de direitos das mulheres e pela democracia, além de justiça pela vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado.
Em um dos primeiros protestos do dia, centenas de mulheres se reuniram na praça Puerta del Sol, no coração da capital espanhola, por volta da meia-noite para bater panelas e frigideiras e exigir mais direitos para as mulheres em uma sociedade que, segundo eles, ainda é dominada por homens. Usando bolsas e roupas roxas, cor que tem representado o feminismo nos últimos anos, elas seguraram cartazes com a frase “Irmã, eu acredito em você”.
A desigualdade de gênero tornou-se uma questão profundamente controversa na Espanha antes da eleição parlamentar de 28 de abril. Um novo partido de extrema-direita, o Vox, que deve ganhar assentos no pleito segundo as pesquisas, pediu o desmantelamento de uma lei histórica sobre violência de gênero.
Já o conservador Partido Popular não participará das principais manifestações, argumentando que elas foram politizadas pela esquerda. Por outro lado, os socialistas do primeiro-ministro Pedro Sánchez fizeram da igualdade de gênero uma das principais prioridades nos primeiros nove meses de governo e também na eleição parlamentar.
Em Paris, manifestantes da Anistia Internacional se reuniram diante da embaixada da Arábia Saudita com cartazes defendendo os direitos das mulheres. Elas pediram a libertação de mulheres ativistas, incluindo aquelas que fizeram campanha pelo direito de dirigir no reino profundamente conservador.
Em Londres, Meghan Markle, a duquesa britânica de Sussex, deve se juntar à cantora Annie Lennox, a modelo Adwoa Aboah, à ex-primeira-ministra australiana Julia Gillard e a outros em um painel sobre questões que afetam as mulheres.
A sessão foi convocada pelo Queen’s Commonwealth Trust, uma organização da qual Meghan foi anunciada vice-presidente nesta sexta-feira.