Na manhã desta segunda-feira (18), a diretora-presidente da Fapeam, Márcia Perales, junto com o professor e pesquisador da UFAM, Alexander Steinmetz, mostraram em uma live transmitida pelo Facebook do Governo do Amazonas, dados sobre a curva de contaminação da Covid-19 em Manaus atualmente.
De acordo com a pesquisa realizada por pesquisadores da UFAM, com bases nos dados de casos confirmados pela Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS-AM), e dados dos sepultamentos registrados pela Prefeitura de Manaus, 40% da população está em isolamento social, enquanto o ideal seria 70%. Porém, mesmo com a baixa porcentagem, foi possível ver uma diminuição de casos. O uso de máscaras a partir do início de abril reduziu também em até 83% os contatos.
Ainda de acordo com a pesquisa, pelo menos 85 mil pessoas têm a infecção ativa e que podem ainda contaminar outras. O número corresponde de 10% a 15% da população.
Segundo Alexander Steinmetz, o isolamento social e o uso de máscaras foram primordiais para que a circulação do vírus diminuísse fazendo com que a curva achatasse, porém, se o número de isolamento diminuir , o possível pico no mês de junho será 3x pior do que o que foi presenciado em abril.
”Tivemos uma queda na curva no início de maio, mas foi uma queda artificial. Com pequeno afrouxamento do isolamento poderemos ver um novo pico ainda pior do que o primeiro Não há a menor possibilidade de voltar a vida normal nesse momento. Não há nada pra comemorar!” explicou Alexander.
A imunidade de rabanho caracteriza-se pelo contágio em massa da população, fazendo com que as pessoas criem, consequentemente, anticorpo contra o vírus. De acordo com Alexandre, para isso acontecer em Manaus, 80% da população precisaria ser infectada. ”Não é uma alterativa desejável, uma vez que 12 mil mortes aconteceriam nesse tipo de caso.” explicou