O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que pelo menos 749 pessoas foram presas até esta terça-feira (30/7) por participarem dos protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. As manifestações ocorreram em diversas cidades do país, refletindo o descontentamento da população com o governo atual.
Saab utilizou as redes sociais para divulgar as consequências das manifestações, afirmando que os protestos foram marcados por atos de violência e vandalismo. “A quem se atrever a sugerir que ontem foram manifestações pacíficas, informo que em consequência da violência desencadeada por estes atos, 48 responsáveis, entre militares e polícias, ficaram feridos”, escreveu o procurador.
As autoridades venezuelanas estão monitorando de perto as manifestações, e o Ministério Público do país já indicou que novas prisões poderão ocorrer caso os protestos continuem. Saab reforçou a posição do governo ao classificar as manifestações como “atos violentos e de vandalismo”.
Além das detenções, as ONGs venezuelanas têm divulgado informações preocupantes sobre o número de mortos e feridos durante os protestos. Segundo os dados coletados, quatro pessoas perderam a vida e outras 44 ficaram feridas. As mortes foram registradas em Caracas, Aragua e Yaracuy, demonstrando a extensão da violência em diferentes regiões do país.
Os protestos refletem um cenário de tensão e insatisfação crescente na Venezuela, onde a reeleição de Maduro é amplamente contestada pela oposição e por grande parte da população. As próximas semanas serão cruciais para determinar se a situação irá se estabilizar ou se a onda de manifestações continuará a desafiar o governo.
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