Uma megaoperação, em curso, da Polícia Federal (PF) em colaboração com a Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad/PY) já suprimiu 216 hectares do comércio de substâncias entorpecentes, o correspondente a 648 toneladas de cannabis prontas para o tráfico internacional de entorpecentes, em plantações no lado paraguaio da divisa com o Brasil.
Desde a última terça-feira (5) até esta terça-feira (12), os agentes também desmantelaram 64 “acampamentos narcotraficantes”, que são estruturas montadas no meio da floresta para o cultivo, secagem e processamento da droga.
Além disso, houve a anulação de 770 quilogramas de sementes e 105 loteamentos de solo. Em cada fase, há alteração das localizações com base em trabalhos prévios de inteligência, sempre na faixa de fronteira entre o Brasil e o Paraguai.
Essa etapa está ocorrendo na região paraguaia de Amambay, divisa com o Mato Grosso do Sul, na área de Ponta Porã (MS). Agentes da PF estimam que a operação causou um prejuízo de 16 milhões de dólares ao crime organizado relacionado ao tráfico de entorpecentes.
Os dados são da 42ª fase da operação Nova Aliança, da Coordenação de Repressão a Drogas, Armas, Crimes contra o Patrimônio e Facções Criminosas (CGPRE) da PF, que tem duração de duas semanas no total. São realizadas seis ações por ano, sendo esta a primeira deste ano.
Imagens mostram os agentes destruindo as chamadas “plantações de maconha”, que são fazendas ou chácaras usadas para o cultivo ilegal de cannabis, a planta que dá origem à maconha e seus derivados. O trabalho da PF é conduzido de forma aérea, com helicópteros, para localizar as grandes áreas de plantio na fronteira do Paraguai.
De acordo com investigadores, a “Nova Aliança” é a maior operação policial de erradicação de plantações ilícitas de cannabis do mundo. Anualmente, em média, cerca de 5 mil toneladas de cannabis são apreendidas em todo o mundo por meio de um milhão de operações policiais, segundo dados da UNODC.
Segundo a PF, a Nova Aliança alcança números semelhantes a cada seis operações realizadas ao ano. O objetivo, relatam os investigadores, é desmantelar a cadeia do tráfico de entorpecentes em sua origem, e consequentemente, descapitalizar as organizações criminosas envolvidas.
“Além de evitar que uma grande quantidade de droga entre em circulação na região de fronteira entre o Paraguai e o Brasil, a atuação na origem gera uma economia significativa nos recursos que seriam investidos na fase investigativa, no processo judicial, na manutenção de prisões e, por último, no sistema de saúde pública de ambos os países”, afirma a PF.
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