A delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), revelou que a mãe da recém-nascida resgatada do tráfico humana, nesta terça-feira (20), mentiu para a família dizendo que a criança havia morrido no parto.
Segundo a delegada, a mulher apresentou um atestado de óbito falso e convenceu os parentes de que a filha havia falecido.
“Essa mãe chegou com a informação na família de que o bebê havia falecido (…) A própria mãe biológica nos admitiu que foi trocada a foto de uma carteira de identidade e ela apresentou na maternidade. Premeditadamente ela saiu com mais de 48h que é o normal da maternidade. Saiu em um sábado para que o cartório não estivesse na maternidade para que não fosse necessário que ela registrasse a criança”, disse.
A delegada Juliana Tuma explicou que a mãe biológica premeditou o esquema, utilizando um documento falso e saindo da maternidade após 48 horas para evitar o registro da criança. Ela entregou o bebê para as irmãs Ester Soares e Vitória Soares, que planejavam vender a criança.
“A criança não foi registrada até hoje. Então nós enxergamos essa situação como tráfico de pessoas, de falsificação de documento público, de falsidade ideológica. Essa não é a configuração de adoção ilegal, se encaixa perfeitamente no tráfico de pessoas”, contou.
O caso foi inicialmente interpretado como uma adoção ilegal, mas a investigação revelou que se tratava de tráfico de pessoas e falsificação de documentos. A mãe, após se arrepender, tentou recuperar a filha, mas foi informada de que a entrega do bebê era parte do pagamento de uma dívida com traficantes.
A polícia segue investigando o caso e o bebê foi resgatado e encaminhado para acolhimento. As prisões e apreensões realizadas visam desmantelar o esquema criminoso e garantir a proteção da criança.
Comentários sobre este post