Uma mulher de 40 anos foi presa sob a acusação de explorar sexualmente as próprias enteadas no município de Borba e em Manaus, no Amazonas. As vítimas, duas adolescentes de 14 e 16 anos, foram submetidas à exploração por anos e acabaram engravidando dos abusadores. O crime só foi descoberto quando a mais nova conseguiu fugir e relatar a situação a familiares, que acionaram a polícia.
As investigações revelam que a madrasta obrigava as meninas a manter relações sexuais com diversos homens em troca de dinheiro. Segundo a delegada Juliana Tuma, da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), as vítimas eram submetidas a um ciclo contínuo de abusos e ameaças. Quando se recusavam a fazer os programas, eram agredidas e torturadas.
A adolescente de 14 anos, teve a virgindade vendida pela madrasta pelo valor de R$ 50. “Era R$ 50 o primeiro encontro, ela vendeu a virgindade da primeira vítima, a gente não sabe o valor, mas ela vendeu para um conhecido que fez ainda outros cinco programas sexuais com ela. Os programas giravam em torno de R$ 50 os primeiros e depois R$ 30, R$ 40”, contou a delegada.
“O depoimento especial foi muito impactante porque essa menina nos contava que quando ela não queria ceder aos programas sexuais, cujo dinheiro a madrasta ficava com tudo, ela apanhava muito. Ela era obrigada a ter esses programas sexuais com vários homens, diversos homens da região da Panair”, completou.
A adolescente de 16 anos deu à luz recentemente, enquanto a irmã, de 14 anos, está no terceiro mês de gestação. Elas relataram que, sempre que tentavam recusar os encontros, sofriam agressões físicas e psicológicas.
As meninas foram criadas pela madrasta e pelo pai desde que perderam a mãe há mais de 13 anos. A família morava em Borba, mas se mudou para Manaus, onde a mulher começou a explorá-las quando ainda tinham entre 10 e 11 anos.
A mulher foi presa e encaminhada para uma delegacia em Manaus. Ela já está à disposição da Justiça do Amazonas.
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