Suzana Dazar dos Santos, acusada de matar a enteada Isabelly de Oliveira Assumpção, de 3 anos, foi oficialmente denunciada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio doloso qualificado. Segundo a denúncia, Suzana teria preparado um cenário para induzir a menina a se afogar em uma máquina de lavar roupas. A Justiça aceitou a denúncia, que tramita em segredo, no dia 14 de janeiro.
O crime ocorreu em 7 de maio de 2022, na véspera do Dia das Mães, em Cascavel (PR). Isabelly, que vivia com a mãe, estava passando o fim de semana com o pai, mas ele não estava em casa no momento da tragédia. De acordo com a denúncia, Suzana colocou um banco e brinquedos perto da máquina de lavar cheia de água, posicionou a menina sobre o banco e deixou o local sem supervisão, resultando na morte da criança por afogamento.
O MP apontou que o crime foi motivado por ciúmes e sentimento de posse de Suzana em relação ao pai da criança. A madrasta acreditava que Isabelly atrapalhava o relacionamento devido à proximidade entre o pai e a mãe da menina.
A denúncia inclui qualificações como motivo torpe, emprego de asfixia mecânica e violência doméstica e familiar, considerando a relação entre madrasta e enteada e a idade da vítima, menor de 14 anos.
Os advogados de Suzana argumentam que a denúncia é exagerada e que o ocorrido foi um acidente. “Não há indícios de dolo. Não tem marcas ou evidências claras de que ela tenha planejado tirar a vida da criança,” afirmou o advogado Paulo Hara Júnior.
Já Alexander Beilner, advogado da mãe de Isabelly, sustenta que a cena foi premeditada. “Ela preparou a situação para que o crime acontecesse. A máquina, o banco, os brinquedos… Todos os indícios apontam que o ato foi deliberado,” declarou.
A defesa de Suzana tem 10 dias para apresentar sua manifestação. O juiz decidirá se mantém a qualificação de homicídio doloso, o que levaria Suzana a júri popular, ou se haverá alterações na denúncia.
Na época do crime, Suzana foi quem acionou o socorro, mas as equipes não conseguiram reanimar a criança. A denúncia reforça que a responsabilidade pela morte foi da madrasta, considerando as evidências reunidas durante a investigação.
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