O vocalista e líder do grupo britânico de música eletrônica The Prodigy, Keith Flint, morreu aos 49 anos no condado de Essex, a leste de Londres, nesta segunda (4).
O músico teria cometido suicídio, segundo um post publicado no perfil oficial da banda no Instagram.
“A notícia é verdadeira, eu não posso acreditar que estou dizendo isso, mas nosso irmão Keith tirou a própria vida no fim de semana. Estou chocado, com raiva, confuso e com o coração partido… Irmão Liam”, diz a publicação.
Anteriormente, em um comunicado à imprensa, a banda afirmou: “É com grande emoção e profunda tristeza que devemos confirmar a morte de nosso irmão e amigo Keith Flint”. “Um verdadeiro pioneiro, inovador, uma lenda. Para sempre sentiremos sua falta.”
A morte de Flint coincide com o início de uma turnê internacional para promover o sétimo álbum do grupo, “No Tourists”, com shows previstos na Colômbia e na Áustria, no início de abril, e várias datas nos Estados Unidos, em maio, e na França, durante o verão.
Personagem carismático e estilo demoníaco, com cabelos espetados, piercings e tatuagens que assustavam crianças, Flint conquistou o público com a música “Firestarter”, em 1996.
Misturando elementos do punk e da dance music, ajudou a fazer do The Prodigy uma das bandas mais influentes na cena rave underground, após o lançamento em 1997 do álbum “The Fat Of The Land”, que incluiu o polêmico hit “Smack My Bitch Up”.
“Havia uma disposição real de não fazer concessões”, disse Flint à AFP, em 2015. “Nós realmente precisávamos de um antídoto para a cena DJ, daí uma certa brutalidade”, explicou na ocasião.
O anúncio da sua morte provocou uma onda de reações nos círculos artísticos.”É tão triste ouvir a notícia sobre Keith Flint. Ele era sempre muito engraçado, e foi muito legal com Tom (Rowlands) e eu quando começamos a fazer shows juntos”, tuitou Ed Simons, da dupla britânica The Chemical Brothers.
“Nós perdemos um titã”, declarou, por sua vez, a cantora soul Beverley Knight.