O Tribunal de Justiça do Amazonas decidiu rejeitar a denúncia do Ministério Público do Amazonas contra Jordana Azevedo Freire, que respondia em liberdade pelo processo que investiga sua suposta participação na morte do sargento do exército Lucas Guimarães, ocorrido em setembro de 2021. A decisão foi tomada após análise dos elementos apresentados pelo MP-AM no inquérito policial e também com base nos requisitos estabelecidos pelo Código de Processo Penal. Informação foi confirmada ao g1, pelo advogado de defesa da família da vítima, Arthur Cordeiro.
De acordo com a nota emitida pela assessoria do Tribunal de Justiça, a denúncia foi rejeitada devido à falta de elementos que comprovem, de forma consistente, a participação de Jordana Azevedo Freire no homicídio do sargento Lucas Guimarães. Segundo a análise preliminar dos elementos anexados ao inquérito policial, não foram encontrados indícios suficientes que demonstrem a verossimilhança e relação de causalidade entre a conduta da acusada e o crime em questão.
A decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas se baseou na análise perfunctória dos elementos do inquérito policial, ou seja, em uma avaliação preliminar e superficial das informações apresentadas. Com base nessa análise, não foi possível estabelecer uma conexão clara entre a conduta de Jordana Azevedo Freire e o homicídio do sargento Lucas Guimarães. Dessa forma, a denúncia não atendeu aos requisitos estabelecidos pelo artigo 395, III, do Código de Processo Penal.
Após a decisão de rejeição da denúncia contra Jordana Azevedo Freire, apenas seu marido, Joabson Agostinho Gomes, e outras cinco pessoas permanecem como réus no processo que investiga a morte do sargento Lucas Guimarães. A participação desses réus no homicídio será objeto de análise durante o decorrer do processo judicial.
A família da vítima critica a decisão e disse que o sentimento é de “injustiça”.
Motivação
As investigações da Polícia Civil do Amazonas apontam que o sargento Lucas estaria envolvido amorosamente com Jordana, o que foi descoberto pelo marido dela, Joabson. Inconformado com a traição, Joabson teria ordenado a execução do amante de sua esposa. O delegado Ricardo Cunha, titular da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), revelou em coletiva de imprensa na época, que Jordana não apenas estava ciente do plano para assassinar o militar, como também contribuiu com informações valiosas que auxiliaram na execução do crime.
Segundo o delegado, Jordana tinha pleno conhecimento da trama que culminou na morte de Lucas. No entanto, ela optou por se omitir e não tomar nenhuma atitude para impedir o ocorrido. Além disso, Jordana forneceu informações sobre os hábitos e rotinas do sargento, contribuindo para o sucesso do assassinato ocorrido dentro de uma cafeteria que pertencia a vítima, localizada na Avenida Ayrão, na Praça 14, zona Sul de Manaus.
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