Justiça do AM inicia audiência de instrução dos acusados pelo assassinato do sargento Lucas Ramon em Manaus

Teve início nesta quinta-feira (7) a audiência de instrução dos seis acusados pela morte do sargento do Exército Lucas Ramon Silva Guimarães, assassinado em setembro de 2021 no bairro Praça 14, Zona Sul de Manaus. O caso, que chocou a cidade pela brutalidade e pelo contexto de traição e vingança, reúne como réus o empresário Joabson Agostinho Gomes, sua esposa Jordana Freire, donos da rede de supermercados Vitória, e outros quatro suspeitos envolvidos diretamente no crime.

Lucas Ramon foi baleado enquanto fechava a cafeteria de sua propriedade. Segundo a Polícia Civil do Amazonas, o motivo do crime foi a descoberta, por Joabson, de um relacionamento amoroso entre Lucas e Jordana. Com isso, o empresário, dono de uma conhecida rede de supermercados, teria decidido executar o militar para vingar-se da traição. Na noite de 1º de setembro de 2021, o sargento foi abordado por Silas Ferreira da Silva, que o alvejou com três tiros na cabeça. Guimarães chegou a ser socorrido, mas faleceu horas depois.

Entre os réus que enfrentam a Justiça estão Joabson Agostinho Gomes, apontado como o mandante do homicídio; Jordana Freire, a esposa envolvida no relacionamento extraconjugal; e Silas Ferreira da Silva, identificado como o executor. Outros acusados são Romário Vinente Bentes, gerente do supermercado de Joabson, além de Kamylla Tavares da Silva, Kayandra Pereira de Castro e Kayanne Castro Pinheiro, que, conforme o Ministério Público, facilitaram a comunicação entre os envolvidos na trama.

Romário teria sido o elo entre Joabson e Silas, sendo auxiliado por Kamylla, Kayandra e Kayanne, que se encontram foragidas. Kayandra e Kayanne são suspeitas de terem intermediado o contato com Silas para a execução do crime.

Processo na Justiça

A audiência de instrução representa uma etapa crucial para a coleta de provas, depoimentos e argumentos da defesa e acusação. Durante a sessão, os réus prestam esclarecimentos sobre o envolvimento e suas respectivas responsabilidades na execução do crime. O Ministério Público espera consolidar as evidências que suportam a tese de que Joabson planejou o homicídio por ciúmes e orgulho ferido.