A decisão polêmica foi do magistrado plantonista da Comarca de Tefé, Alex Jesus de Souza, retirado temporariamente de atribuições de juiz após conceder, no dia 15 do novembro, a prisão domiciliar ao empresário e traficante de drogas Alex da Silva Viana. O narcotraficante, conhecido como “Sheik” ou “Alex Colombiano”, havia sido condenado a 20 anos de prisão.
O advogado de defesa do ‘Sheik Colombiano’ solicitou a concessão de prisão domiciliar alegando a necessidade de tratamento de saúde. Mas na madrugada do dia 16 de novembro, ao ser liberado para cumprir prisão domiciliar, Alex da Silva fugiu após ter a concessão do benefício judicial. Ele está foragido e não foi localizado.
A deliberação do corregedor foi decidida de maneira unânime pelo Tribunal Pleno durante a sessão da última terça-feira (12). A corte não informou da decisão por conta do segredo que corre na justiça.
O Corregedor-Geral de Justiça, Desembargador Jomar Fernandes, deliberou excepcionalmente no dia 30 de novembro pelo imediato afastamento do magistrado de suas atribuições.
O suspeito
Alex Colombiano foi liberado do Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), onde cumpria pena. Saiu do complexo com tornozeleira eletrônica e deveria seguir para a residência dele no condomínio Portinari, no Bairro Tarumã, zona Oeste. No entanto, o narcotraficante rompeu o dispositivo e fugiu.
Segundo o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), Alex Colombiano faz parte da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e foi identificado como um dos principais distribuidores de drogas no Amazonas. Ele utiliza atividades empresariais na área de transporte fluvial como fachada para ocultar os lucros provenientes do comércio de entorpecentes na tríplice fronteira. A polícia o considera um traficante disfarçado de empresário.
Antes de ser capturado e preso, Alex usava a própria empresa (Viana Transporte e Logística de Cargas), como lavagem de dinheiro proveniente do tráfico, financiando atividades criminosas, incluindo o ataque contra a viatura da Polícia Civil em frente ao fórum Henoch Reis em janeiro de 2022. No dia do crime, um grupo armado associado à facção CV resultou na morte de um dos líderes da facção criminosa Revolucionários do Amazonas (RDA).
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