O médico obstetra Armando Andrade Araújo deverá retornar ao trabalho após a decisão do juiz Diógenes Vidal Neto de suspender o seu afastamento. O obstetra foi afastado pela diretoria do Instituto de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Amazonas (Igoam) após a divulgação de um vídeo em que aprece agredido uma grávida em trabalho de parto na Maternidade Balbina Mestrinho, em Manaus.
O juiz alegou que que o médico “sofreu penalidade sem ter sido assegurado o princípio constitucional da ampla defesa e contraditório”, já que foi suspenso de suas funções em caráter liminar. Para Diógenes, o Igoam não possui norma interna que regule este tipo de ato.
A defesa de Armando aponta que a decisão do Instituto foi arbitrária de suspende-lo de seus plantões desde o dia 20 de fevereiro.
O grupo Coletivo Feminista Humaniza emitiu uma nota de repúdio contra a decisão do juiz.
O Coletivo Feminista Humaniza vem a público REPUDIAR VEEMENTEMENTE a decisão judicial que autorizou o médico ARMANDO ANDRADE ARAÚJO a retornar às atividades laborais nas maternidades. O fato abre um perigo de danos irreversíveis à dezenas de mulheres que possam vir a ser atendidas pelo referido profissional que, além de ser processado em vários autos por diversas más condutas médicas, foi flagrado em um vídeo divulgado recentemente cometendo violência obstétrica contra um menor que se encontrava em trabalho de parto em uma maternidade do Estado do Amazonas. As mulheres que possam vir a ser atendidas pelo profissional citado correm risco iminente de sofrer toda ordem de mutilação, violência verbal e psicológica, e outras condutas típicas de profissionais violentos. Não vamos nos calar! O Coletivo convoca todas as pessoas, veículos e instituições que se importam minimamente com as mulheres grávidas do nosso Estado para que se juntem a esse grito desesperado pela vida e dignidade das mulheres