Monitoramento da inteligência e a intervenção rápida da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), com as forças de segurança pública do Estado, evitaram que o número de presos mortos fosse ainda maior, nesta segunda-feira (27/05). Segundo o titular da Seap, coronel Vinicius Almeida, os presos estavam na tranca e algumas possíveis vítimas identificadas, cerca de 200, foram trocadas de celas.
No início da tarde, policiais começaram a ocupar os presídios para separar outros presos jurados de morte. As equipes do Grupo de Intervenção Penitenciária (GIP) e do Batalhão de Choque da Polícia Militar começaram a atuar pelo Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CPDM 1), separando presos de celas. Na ocasião, dois detentos tentaram fazer agentes de ressocialização de reféns, mas foram contidos por tiros e, posteriormente, encaminhados para atendimento hospitalar.
“Detectamos através da inteligência que estava se preparando mais uma ação dentro da cadeia para cometer mais crimes. Todas as cadeias estavam trancadas e a ação imediata foi deslocar a tropa de choque em todas as celas. Começamos no CDP e depois nos demais presídios. Enquanto a tropa avançada, eles matavam as pessoas por mata leão, dentro das celas”, disse o secretário de administração penitenciária.
Todos os membros das celas onde ocorreram mortes já foram identificados e serão incluídos no inquérito aberto pela Polícia Civil. Possíveis líderes dessa briga já foram identificados. De acordo com a SEAP, as mortes registradas nos presídios de Manaus seriam motivadas por um racha entre presos que integravam o mesmo grupo criminoso e que atua no tráfico de drogas no Estado.
“Atuamos preventivamente para retirar as pessoas que poderiam ser vitimadas e o fizemos ao longo de todo o dia. O monitoramento da situação do sistema prisional continua sendo feito, com reforço policial nas áreas externas de todo o sistema. As mortes registradas foram por asfixia, e uma pequena parte por uso de estoques”, disse.
A Seap informa que não houve registro de fuga, nem de reféns e nem utilização de armas de fogo e facas nas ações criminosas. O secretário de administração penitenciária do Amazonas anunciou que as visitas em todas as unidades prisionais da capital estão suspensas pelos próximos 30 dias.
Número de detentos mortos: 40
Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT): 25 detentos
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj): 4 detentos
Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM1): 5 detentos
Unidade Prisional do Puraquequara (UPP): 6 detentos.