A cidade de Brasileia, no Acre, enfrenta uma situação dramática com o avanço das águas que já atingiram níveis históricos, superando todas as marcas anteriores. A tragédia é acompanhada por cenas impressionantes e inéditas, enquanto o município luta para lidar com as consequências do desastre natural.
Os rios que cortam a cidade já subiram impressionantes 15,58 metros, deixando praticamente toda a área urbana submersa. Com 12 dos 14 bairros da cidade inundados, a população enfrenta uma situação desesperadora. Em meio a esse cenário caótico, um barco tentava levar 27 pessoas, a maioria delas idosos, até as sessões de hemodiálise, destacando a urgência das necessidades médicas em meio à enchente.
No bairro de Leonardo Barbosa, uma situação ainda mais preocupante: a única rua de acesso foi engolida pelas águas, levantando temores de que o bairro tenha se tornado parte do território da Bolívia. A prefeita Fernanda Hassem expressou preocupação com a situação e afirmou que apenas quando as águas baixarem será possível avaliar os danos com precisão.
A comunidade indígena dos Jambinaua, composta por 186 pessoas, foi uma das mais afetadas e teve que ser evacuada para um abrigo municipal. O local, localizado na fronteira do Brasil com a Bolívia, agora enfrenta incertezas sobre o futuro de suas habitações e terras.
A prefeita Fernanda Hassem destacou a necessidade urgente de assistência humanitária e reconstrução da cidade, enfatizando que o cadastro das famílias afetadas já foi realizado pelo governo federal. Com apenas dois bairros ainda com energia elétrica, a cidade enfrenta problemas de infraestrutura e segurança, com a concessionária de energia tendo que desligar a rede para evitar riscos de choques elétricos e explosões.
Atualmente, 16 abrigos estão ativos na cidade, acolhendo 319 famílias desalojadas, enquanto outras 3.128 famílias buscaram refúgio em casas de parentes ou locais seguros. A cidade, agora isolada por via terrestre devido à destruição de 32 pontes, enfrenta desafios significativos em sua infraestrutura pública, com prédios governamentais, incluindo o fórum, a prefeitura e a delegacia, completamente inundados.
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