A plataforma iFood foi condenada por litigância de má-fé e multada em R$ 25,2 mil após tentar submeter um trabalhador hospitalizado a prestar depoimento virtual durante uma audiência na Justiça do Trabalho. O caso foi conduzido pela juíza Tatiane Raquel Bastos Buquera, da 1ª Vara do Trabalho de Foz do Iguaçu/PR, no último dia 5 de dezembro.
A situação veio à tona quando o preposto da empresa, ao ingressar na sala de audiência virtual, foi filmado em um ambiente hospitalar. Surpresa com a cena, a magistrada questionou sobre o estado de saúde do trabalhador. O advogado do iFood respondeu que o funcionário estaria “em condições de participar”, apesar de estar internado.
Diante do ocorrido, a juíza decidiu interromper a audiência, considerando que a atitude da empresa era desrespeitosa e configurava abuso de direito processual.
Decisão e multa
Em sua decisão, a magistrada destacou que a tentativa de obrigar um trabalhador hospitalizado a participar de um procedimento judicial é incompatível com os princípios da dignidade humana e do devido processo legal. A multa de R$ 25,2 mil foi imposta como forma de punição por litigância de má-fé, com o objetivo de desestimular práticas semelhantes.
Repercussão
O caso gerou indignação e debates nas redes sociais. Muitos criticaram a postura do iFood, classificando-a como desumana e insensível. Especialistas em Direito do Trabalho reforçaram que ações como essa violam os direitos dos trabalhadores e comprometem a imagem de empresas no cenário jurídico e público.
O iFood ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. Enquanto isso, a decisão da juíza é vista como um marco para reforçar o respeito aos direitos dos trabalhadores, mesmo em processos judiciais.
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