O idoso de 64 anos, que estuprava e maltratava a enteada e os três filhos no bairro Cidade Nova, fazia as vítimas assistirem a violência sexual umas das outras. A mãe sabia dos crimes, mas era ameaçada de morte e mantida em cárcere privado para não denunciá-lo.
Em coletiva concedida na manhã desta sexta-feira (31), a delegada Deborah Ponce detalhou os anos de terror que a família viveu ao lado do acusado.
Ela conta que a adolescente era estuprada desde os seis anos e também sofria agressões físicas e verbais por parte do padrasto.
“Ele possuía uma enteada de 14 que vinha sendo abusada desde os 6 e maltratada e mais três filhos biológicos que também eram maltratados e abusados. Os detalhes dos abusos são impressionantes”.
Um dos fatos mais chocantes é que o homem estuprava os dois filhos meninos, de 1 e 2 anos, na frente da filha de 7 anos e da enteada de 14.
“Essas crianças menores, a de 2 anos, ele introduzia o dedo no ânus dessa criança, ele beijava força a criança de 1 ano, ele tocava todas as partes íntimas das meninas e chegava a beliscar os seios das garotas. E assim, além de tudo, ele obrigava essas crianças a comerem comida estragada, batia de ripa nessas crianças, dava murro nas costas, coisas absurdas. E a mãe vivia em completo terror, ela era vítima de violência doméstica”.
Segundo a delegada, não aguentando mais ver os filhos nessa situação, a mulher conseguiu procurar ajuda na delegacia e denunciou o suspeito no dia 27 de janeiro deste ano.
“A mãe era super mal tratada, sofria violência doméstica, estava ali uma situação de refém mesmo, sendo abusada e não tinha condições. Ela tentou pedir ajuda, porém ela sempre era ameaçada de que se ela fizesse isso, ela seria morta”.
Ela foi abrigada juntamente com as crianças e está amparada por medida protetiva através da Delegacia da Mulher. O homem foi preso nessa quinta-feira (30) e negou os crimes. Ele chegou a dizer que era um bom pai, mas a polícia já tem provas suficientes que comprovam os crimes.
As vítimas vão receber apoio médico e psicológico e o homem deve permanecer preso por estupro de vulnerável, maus-tratos e violência doméstica.
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