Em dez dias de funcionamento, o Hospital Nilton Lins, implantado pelo Governo do Estado para o atendimento exclusivo de pacientes com a Covid-19, já registrou 31 altas e um óbito. Inaugurado no último dia 26 de janeiro, a unidade havia atendido, até esta sexta-feira (05/02), 93 pacientes acometidos pelo Novo Coronavírus.
O Hospital foi reaberto com 43 leitos clínicos exclusivos para a Covid-19 e, nesta sexta-feira (05/02), ampliou para 103 leitos, sendo 81 clínicos e 22 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Recomendações dos órgãos de controle – A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) informou que já está trabalhando num plano de ação, visando a melhoria da qualidade dos serviços e, também, a resposta às recomendações e observações feitas por órgãos de controle, em relatório recebido na última quinta-feira (04/02).
A unidade, que é privada, está sendo usada por meio de uma requisição administrativa de serviços, feita pelo Governo do Amazonas, diferentemente da primeira fase da pandemia, quando foi feito contrato de aluguel do hospital com toda a estrutura implantada.
A SES-AM destaca que a maior preocupação da gestão, ao abrir os leitos, é criar oportunidades de vagas e salvar vidas, em meio à alta demanda por leitos na rede pública para pacientes com a Covid-19. Reconhece que os ajustes precisarão ser feitos, diante da situação de excepcionalidade em que a unidade está sendo implantada, e que as recomendações pertinentes serão realizadas pela gestão.
“A ideia é avançar na melhoria da prestação do serviço. Não é intenção fazer as coisas erradas, o que tiver que ser corrigido será, pois temos as mesmas preocupações dos órgãos de controle com a vida dos pacientes, que precisam de cuidados nesse momento”, observa o secretário de Estado de Saúde, Marcellus Campêlo.
A secretária-adjunta de Políticas de Saúde da SES-AM, Nayara de Oliveira Maksoud, também ressaltou a importância do alinhamento da secretaria com os órgãos de controle, para melhorar os serviços.
“O olhar externo também é importante e quando a vigilância sanitária nos coloca um ponto onde nós precisamos atentar, é obrigação da Secretaria de Estado ouvir e colocar em prática. O nosso objetivo é, além de ampliar, números de leitos, melhorar a qualidade. E é isso que nós estamos buscando e, para nós, o relatório veio a contribuir para que a qualidade e a prestação do serviço sejam as melhores possíveis”, disse.
A recomendação acatada pela SES-AM foi assinada pelo Ministério Público Federal (MPF), do Estado (MPAM), do Trabalho (MPT) e de Contas (MPC), em conjunto com as Defensorias Públicas da União (DPU) e do Estado (DPE), e levou em consideração o relatório de inspeções realizadas pela Vigilância Sanitária de Manaus (VISA); e por uma equipe do Núcleo de Apoio Técnico do MPAM (NAT), realizada em janeiro.