O juiz Michael Matos de Araújo, da Central de Plantão Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), converteu a prisão em flagrante de Isaac de Souza Martins em prisão preventiva. A decisão saiu no início da noite desta terça-feira (18/1), após realização da audiência de custódia por videoconferência.
Isaac é acusado de cárcere privado de Rosana Almeida Fonseca e de um casal de filhos (art. 148, 1.º, I e IV, do Código Penal, combinado com o art. 7.º, I e II da Lei Maria da Penha), fato ocorrido na manhã da última segunda-feira (17/1), no bairro do Mutirão, zona Norte de Manaus. O flagranteado é acusado de manter a família refém por mais de 12 horas em cárcere privado: das 21h30 do dia 16/1, domingo, até 13h30 do dia 17, aproximadamente.
A decisão do magistrado refere-se aos autos n.º 0604568-53.2022.8.04.0001. Isaac de Souza Martins foi assistido durante a audiência de custódia pela advogada Denise Moura Macedo da Silva. O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM) foi representado pelo promotor de Justiça Valber Diniz da Silva.
De acordo com a polícia, o homem estava com uma arma branca. Em um primeiro momento, ele teria dito que iria matar a mulher e, posteriormente, ameaçado cometer suicídio.
Segundo o coronel Algenor, subcomandante da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), o infrator já tinha passagem no sistema penitenciário, por dois crimes de homicídio e violência doméstica. “Essas informações foram repassadas aos nossos negociadores, gerenciador de crise, e dentro da doutrina do gerenciamento de crise, desenvolvemos uma linha de negociação que culminou no sucesso da rendição do infrator sem que nenhuma vida fosse atingida”, contou.
Conforme o coronel Klinger Paiva, comandante do Comando de Policiamento Especializado (CPE), o infrator estava querendo exigências que a polícia não podia garantir. “Ele queria que não fosse conduzido, preso ou respondesse pelos crimes que já havia cometido. E não podemos garantir isso, por isso o desenrolar demorado para negociar. Tivemos que acalmar os ânimos para que as coisas não saíssem do controle”, disse.