Uma confusão se formou na tarde desta quinta-feira (30), no bairro Planalto, Zona Centro-Oeste de Manaus, devido a uma suposta tentativa de apropriação indevida de um terreno. Moradores denunciam que um homem chegou ao local apresentando documentos e alegando ser o proprietário da área, iniciando a instalação de cercas e conteiners.
A comunidade, porém, suspeita da autenticidade dos documentos apresentados, apontando diversas irregularidades. Geane Figueira, representante dos moradores, afirmou que eles buscaram esclarecimentos na 17ª Delegacia, mas o delegado declarou que o homem possuía documentos e, portanto, o direito de ocupar o espaço.
“Fomos à 17ª Delegacia, mas nos disseram que ele tem documentos e pode cercar o terreno. No entanto, ao denunciarmos ao IMPLURB, a instituição constatou que ele não possui autorização de construção e deu um prazo de 48 horas para a remoção do tapume, o que não foi cumprido”, afirmou Geane.
Os moradores defendem que o local é uma área verde preservada há mais de 30 anos e temem que a construção de um empreendimento comercial prejudique o meio ambiente, jogando entulho e dejetos em um córrego da região. “Estamos tentando impedir essa invasão para proteger a área, que sempre foi uma zona de preservação”, acrescentou Geane.
Investigação feita pelos moradores revelou possíveis fraudes na documentação apresentada pelo suspeito. Segundo eles, o nome da suposta vendedora do terreno, Francimaria, está vinculado ao mesmo endereço do acusado. Além disso, foi identificado que ele possui uma conta de água registrada com uma matrícula falsa, o que pode configurar falsidade ideológica.
Outro fato alarmante é que o suspeito foi acusado de puxar uma arma contra um morador indignado com a situação. “Não podemos permitir que uma pessoa sem histórico na comunidade se aposse de um terreno de forma duvidosa e ainda ameace moradores”, disse Geane.
O vereador Rodrigo Guedes foi acionado pela população e reforçou que se trata de uma área pública. “Havia uma placa indicando que o local é uma área verde. O homem apresentou um documento que apenas o classifica como ocupante, sem registro de propriedade. O IMPLURB já havia determinado a remoção da estrutura, o que não foi cumprido. Por isso, junto com os moradores, fizemos a retirada do material que estava irregularmente instalado”, afirmou o vereador.
A comunidade segue mobilizada para impedir qualquer tentativa de apropriação indevida do terreno e aguarda providências das autoridades para resolver a situação.
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