Em Brasília, uma situação envolvendo o “Jogo do Tigrinho” tem chamado a atenção pelo modo peculiar e controverso de operação da plataforma. Um morador do Distrito Federal acumulou a quantia significativa de R$ 169 mil jogando online, porém enfrentou dificuldades para receber seus ganhos. A situação complicou-se quando a plataforma solicitou depósitos adicionais sob a promessa de liberar o prêmio acumulado, uma exigência que transformou a expectativa de resgate em frustração e desconfiança.
A Defensoria Pública do Distrito Federal interviu, acionando a Justiça, ao constatar que o caso não era isolado. A prática, segundo o órgão, é comum: as empresas responsáveis permitem que usuários ganhem créditos em reais, porém dificultam o saque dos valores sob diferentes pretextos. Notavelmente, a plataforma exigia que o usuário “subisse de categoria” através de novos depósitos via PIX para, supostamente, liberar os valores retidos. Após o depósito, porém, o saldo do usuário continuava indisponível.
A Defensoria, representada por Celestino Chupel, Defensor Público-Geral, ressaltou seu compromisso com a proteção dos consumidores, principalmente na assistência às vítimas para buscarem reparação pelos danos financeiros sofridos. “É nosso dever proteger os consumidores que se encontram em situações como essa, auxiliando as vítimas a buscarem reparação pelos prejuízos financeiros suportados e garantindo seus direitos”, afirmou Chupel.
A plataforma do “Jogo do Tigrinho”, alvo de polêmicas, não só atrai pessoas endividadas, mas também compromete a renda de diversas famílias. A estratégia de marketing do jogo foca exclusivamente na obtenção de lucros, ignorando limitações ou cuidados. Os usuários encontram-se frequentemente presos a promessas de saque que nunca se concretizam, em meio a bloqueios arbitrários e condições anteriormente não anunciadas.
A reportagem contatou a PG Soft Games, empresa sediada em Malta e responsável pelo “Jogo do Tigrinho”. Até o momento da conclusão deste artigo, não houve retorno da empresa. A situação permanece em aberto e qualquer nova informação será devidamente atualizada.
Este caso serve como um alerta sobre as práticas potencialmente predatórias de algumas plataformas de jogos online, ressaltando a importância da vigilância e intervenção jurídica quando direitos do consumidor são ameaçados.
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