Um helicóptero do Exército da Guiana desapareceu na quarta-feira, 6, em meio à tensão crescente pela disputa territorial com a Venezuela. A aeronave, que partiu da base de Ayanganna com destino a Arau, levava dois tripulantes e cinco oficiais superiores para uma inspeção das tropas na área de fronteira entre os países.
Os ocupantes identificados como o capitão Charles, coronel Michael Shahoud, brigadeiro aposentado Gary Beaton, tenente Golonel Sean Welcome, sargento Jason Khan, tenente-coronel Andio Michaeal Crawford e cabo Dwayne Jackson estão desaparecidos desde que a aeronave Bell 412 EP perdeu contato a 45 quilômetros da fronteira, precisamente no Essequibo, território em disputa.
O helicóptero emitiu um sinal do transmissor localizador de emergência às 11h20, momento em que as condições meteorológicas na região eram adversas. Até o momento, não há informações sobre a possível participação da Venezuela no incidente.
O brigadeiro Omar Khan, porta-voz do Exército da Guiana, anunciou que o governo dos Estados Unidos se comprometeu a auxiliar nas operações de busca, que se iniciam nesta quinta-feira, 7. As autoridades locais estão mobilizadas para localizar a aeronave e seus ocupantes, mas o mau tempo na área pode dificultar as operações.
A disputa territorial entre Venezuela e Guiana pelo território de Essequibo, que remonta ao final do século 19, ganhou destaque recentemente após um referendo liderado por Nicolás Maduro. A população venezuelana, com 95% de aprovação, votou a favor da anexação do território, intensificando as tensões na fronteira norte do Brasil.
A região é estratégica devido aos seus recursos naturais, incluindo minérios, pedras preciosas e petróleo. O Essequibo faz parte do território da Guiana desde o século 19, durante seu período como colônia britânica, e permanece sob sua administração desde a independência em 1966. O desaparecimento do helicóptero acrescenta preocupações adicionais a uma situação já tensa na região.
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