O Governo do Estado, por meio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), iniciou, nesta semana, as primeiras demolições em uma área do Igarapé do 40, localizada entre as avenidas Silves e Maués, nos bairros Japiim e Cachoeirinha, zona sul da capital. Essas demolições fazem parte de uma obra de intervenção do Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus (Prosamim), nesse trecho do Igarapé do 40, que vai reassentar 1.400 famílias que serão retiradas das condições precárias de moradia e saneamento.
A intervenção no trecho Silves-Maués é uma obra complementar do Igarapé do 40. As obras compreendem a intervenção da área com a construção de uma pista interligando a avenida Silves até à avenida Maués, que será uma nova opção de trajeto ligando os bairros daquela região ao Centro através da Manaus Moderna. O projeto contempla recomposição da flora do local, paisagismo, criação de áreas de convívio social, áreas para práticas de esporte, praças, academia ao ar livre, quadras multiuso e a revitalização do campo do Betaião.
O custo dessa intervenção do Prosamim no igarapé do 40 tem o valor estimado em R$ 70 milhões, sendo que parte desses recursos (70%) é oriundo de contrato de empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). As obras nesse trecho do Igarapé do 40 estavam pendentes há mais de 10 anos e foram retomadas pela atual gestão. As obras do trecho Silves e Maués são uma das últimas áreas de alagação da parte central de Manaus.
“Ao analisarmos nesses 13 anos de intervenções do programa, observamos que todas as áreas próximas à área central, que sofriam com alagações, riscos de desabamentos e o adensamento populacional nas margens e leitos dos igarapés, foram superadas através das intervenções do Prosamim” afirmou o coordenador executivo da UGPE, Marcellus Campêlo.
Força-tarefa – O Governo do Estado implantou uma força-tarefa envolvendo várias secretarias estaduais com o intuito de dar a maior celeridade possível no cadastro, desapropriação e avaliações dos imóveis que serão retirados da área. Para essa primeira fase das obras de intervenção, estão previstas 201 demolições de imóveis. Todos os moradores foram cadastrados e tiveram seus imóveis avaliados pela equipe técnica da Secretaria Estadual de Habitação (Suhab) para receberem as indenizações e, posteriormente, saírem das suas antigas residências.