O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta quarta-feira (16) que o horário de verão não será retomado neste ano. A decisão foi tomada após uma reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), que concluiu que não há necessidade de implementar a medida para o verão de 2024, devido à segurança energética atual.
Silveira destacou que, apesar de recomendações anteriores do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), a situação das chuvas e dos reservatórios de hidrelétricas melhorou. Ele afirmou que a avaliação sobre o retorno do horário de verão em 2025 será feita com base em dados atualizados sobre as condições hídricas e energéticas do país.
A medida, que antes era adotada entre outubro/novembro e fevereiro/março, já não é considerada eficaz como antes, especialmente após a suspensão em 2019 pelo governo Jair Bolsonaro. Na época, a decisão foi baseada em mudanças nos padrões de consumo e em avanços tecnológicos que alteraram os picos de demanda de energia.
Silveira enfatizou que a discussão sobre o horário de verão deve ser baseada em uma avaliação precisa, considerando tanto os impactos positivos quanto negativos na economia e no setor elétrico. Embora a ideia de adotar a medida novamente tenha sido reavaliada, a falta de tempo para adaptação nos setores da economia, como a aviação, também influenciou a decisão.
O horário de verão, ao ser implementado, ajuda a aumentar o aproveitamento das fontes de energia solar e eólica, reduzindo a necessidade de acionamento de termelétricas mais caras e poluentes. Porém, a atual condição hídrica do Brasil permite uma abordagem diferente neste verão, sem a urgência de deslocar o pico de consumo para horários com maior geração solar.
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