Integrantes do governo já cogitam a necessidade de ampliar o auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro deste ano, diante das incertezas em relação à duração dos efeitos da pandemia sobre a economia.
No entanto, segundo auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, o valor das parcelas adicionais teria de ser inferior aos atuais R$ 600, diante da falta de recursos no Orçamento. Nos bastidores cogita-se parcelas de R$ 400, R$ 300 e R$ 200, mas nada foi confirmado ainda.
No domingo, o presidente Jair Bolsonaro se queixou de propostas para tornar o benefício permanente por causa do alto custo, que estimou em R$ 50 bilhões mensais para a União.
O auxílio é pago a trabalhadores informais e microempreendedores individuais (MEIs) que perderam renda com a pandemia, além de beneficiários do Bolsa Família.
Uma das ideias em avaliação no governo seria pagar mais três parcelas extras a essas pessoas no valor de R$ 200, em outubro, novembro e dezembro. Este é o valor médio do Bolsa Família.
Contudo, para reduzir o valor do auxílio será preciso aprovar a mudança no Congresso Nacional. O Executivo pode prorrogar por conta própria apenas se o valor de R$ 600 mensais for mantido.
Criado em abril, o benefício de R$ 600 seria pago por três meses, gerando impacto nas contas públicas de R$ 151,5 bilhões, segundo estimativas iniciais. Mas, diante da persistência da crise e pressões do Congresso, o governo acabou ampliando o benefício por mais dois meses (agosto e setembro).
Segundo dados do Tesouro Nacional, até agora foram destinados ao programa R$ 254,4 bilhões para pagar cinco parcelas do benefício.