O Brasil, que sob Bolsonaro é diplomaticamente mais alinhado aos EUA do que no passado, ainda não se posiciou oficialmente sobre a situação. O MRE (Ministério das Relações Exteriores) prepara uma nota que deve ser divulgada ainda nesta sexta-feira (3).
Há duas posições possíveis sendo avaliadas dentro do governo. Uma mais suave e cautelosa que traria danos menores às relações comerciais e diplomáticas do Brasil com o Irã e outros países árabes. Os ministérios da Economia e da Agricultura seriam mais favoráveis a esse caminho mais ameno.
A outra posição seria mais dura, condenando de forma mais contudente o terrorismo, que está sendo avaliada dentro do Itamaraty. Historicamente, a diplomacia brasileira buscou mais construir pontes do que entrar nos conflitos da região. Durante o governo Lula, no entanto, o Brasil teve uma aproximação maior com o Irã, na época presidido por Mahmoud Ahmadinejad, o que gerou um desconforto diplomático com os Estados Unidos.
A palavra final sobre a posição oficial do Brasil será do presidente Bolsonaro, que está ouvindo desde de manhã seus principais ministros sobre a questão, incluindo os impactos do conflito nos preços do petróleo no Brasil.