O governador do Amazonas, Wilson Lima, conversou com o ministro da Justiça, Sérgio Moro, na tarde desta segunda-feira (27/05), e assegurou auxílio do Governo Federal para as unidades prisionais do estado, com reforço da Força-tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP).
“Acabei de falar com o ministro Sérgio Moro, que já está mandando uma equipe de intervenção prisional para o Estado do Amazonas, para que possa nos ajudar neste momento de crise e um problema que é nacional: o problema dos presídios. A qualquer momento a equipe de intervenção do Ministério da Justiça desembarca no Estado para nos ajudar”, disse o governador.
Em Manaus, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), com o apoio do Sistema de Segurança, realiza intervenções em todo o sistema prisional. Durante as intervenções no Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1), Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e Unidade Prisional do Puraquequara (UPP), nesta segunda-feira (27/05), foram encontrados 40 detentos mortos, todos com indícios de morte por asfixia.
Resposta rápida – Wilson Lima destacou a atuação do Grupo de Intervenção Prisional (GIP), companhia do Batalhão de Choque da Polícia Militar, no último domingo (26/05), no Compaj. O grupamento foi acionado pela Seap para conter uma briga que resultou na morte de 15 detentos. Com a atuação precisa do GIP, nenhum familiar de preso ou agente do sistema prisional saiu ferido. “Em 45 minutos houve uma pronta resposta da nossa polícia. Inclusive de um grupo que foi criado no início do governo, de pronta resposta a convulsões no sistema prisional. Em 45 minutos a situação estava controlada”, enfatizou.
O governador também reforçou que os números da segurança no Amazonas apontam para uma redução da criminalidade. “Desde o início do governo estamos trabalhando com a presença das polícias Civil e Militar nas ruas, e tivemos uma redução significativa nos números de homicídios, de roubos, latrocínios. Estamos tendo queda significativa desses números, que não tínhamos nos últimos 5 anos”, afirmou Wilson Lima.
Apuração e medidas – A Seap já iniciou investigações para identificar os responsáveis pela ocorrência de domingo. As mesmas medidas serão tomadas em relação às mortes registradas nesta segunda-feira. Os resultados destas apurações serão encaminhados à Justiça. A secretaria também vai adotar medidas disciplinares nos presídios, a exemplo do que já fez no Compaj.
40 mortos
Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT): 25 detentos
Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj): 4 detentos
Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM1): 5 detentos
Unidade Prisional do Puraquequara (UPP): 6 detentos.