Um pergunta feita pelo jornal Folha de S. Paulo sobre os custos com passagem aérea de viagem sua a Lisboa foi chamada de “molecagem” pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. A publicação questionou se o magistrado voltaria para o julgamento do habeas corpus de Lula em 4 de abril e se o voo para Portugal tinha sido pago pelo STF.
A presença dele tornou-se incerta em razão de um seminário que será organizado em Lisboa pelo instituto do qual ele é sócio, o IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público). “Devolva essa pergunta a seu editor, manda ele enfiar isso na bunda. Isso é molecagem, esse tipo de pergunta é desrespeito, é desrespeito”, disse o ministro, por telefone.
Mendes negou que o STF tenha pago pelos bilhetes e não informou quem os custeou. “Vocês vivem de patrocínio, se vocês quiserem, montem a Folha, façam um dia a Folha rodar sem patrocínio, eu estive lá esses dias, patrocínio Souza Cruz escondido. Quem pagou meu hotel, quem pagou minha passagem foi a Souza Cruz”, disse.
Ele se referiu ao 2º Encontro Folha de Jornalismo realizado em fevereiro, em São Paulo, em que foi um dos convidados. O evento teve patrocínio da fabricante de cigarros Souza Cruz, como constava no material de divulgação e em um amplo painel atrás dos convidados.