Nesta sexta-feira (10), Nicolás Maduro assumiu seu terceiro mandato como presidente da Venezuela em meio a controvérsias sobre a legitimidade de sua eleição. O evento, marcado por alegações de fraude, provocou reações internas e internacionais e foi acompanhado pelo fechamento da fronteira com o Brasil, na cidade de Pacaraima, Roraima.
A medida de fechamento foi implementada por militares da guarda venezuelana, que posicionaram cones e estabeleceram bloqueios no tráfego de veículos entre os dois países. Em nota, o Ministério da Justiça brasileiro confirmou a ação, destacando que a decisão foi “tomada de forma independente pelo país vizinho”.
Movimentação em Pacaraima
A Polícia Militar de Roraima informou que, apesar do fechamento, as atividades em Pacaraima seguem dentro da normalidade. “Houve uma leve redução no fluxo migratório de entrada no Brasil, mas sem alterações significativas”, afirmou a corporação.
Ainda segundo a PM, a Venezuela historicamente impõe restrições semelhantes em ocasiões políticas importantes. Em junho de 2024, às vésperas das eleições presidenciais, o país também havia bloqueado a passagem pela fronteira.
Questionamentos sobre a Eleição
A vitória de Nicolás Maduro nas eleições de 2024 foi confirmada pelo Conselho Nacional Eleitoral e pela Suprema Corte da Venezuela. No entanto, a oposição venezuelana, organizações internacionais e diversos países questionaram o processo eleitoral, alegando fraude. Edmundo González, principal adversário de Maduro, é reconhecido por muitos como o presidente legítimo do país e afirma que vai tomar posse do cargo.
O fechamento da fronteira reflete o clima de tensão política que se instalou na Venezuela. A crise econômica e social, que já levou milhões de venezuelanos a buscar refúgio em países vizinhos, continua sendo um fator agravante nas relações com o Brasil.
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