Nos últimos dias, uma mobilização sem precedentes foi desencadeada para resgatar animais abandonados, perdidos ou presos nas cidades atingidas pelas históricas enchentes no Rio Grande do Sul. A ação conjunta envolve voluntários, agentes da Brigada Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar, além de helicópteros e bombeiros emprestados dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Até o momento, mais de 5.600 animais foram resgatados, um esforço monumental que tem salvado vidas em meio à devastação causada pelas inundações. No entanto, esse número não reflete a totalidade das operações, pois não inclui a atuação dos voluntários e das equipes municipais.
Kayanne Braga, fundadora da ONG Campo Bom para Cachorro, relata ter retirado cerca de 200 animais das ruas alagadas, organizando triagens e acampamentos improvisados para abrigá-los temporariamente. Em muitos casos, os animais estavam amarrados em casas inundadas, exigindo resgates delicados e rápidos.
Em Santa Cruz do Sul, Bruna Molz, protetora de animais, descreveu cenas emocionantes de famílias resgatadas que imploravam para salvar seus animais de estimação deixados para trás. Muitos recusaram a evacuação sem seus companheiros animais, enquanto outros foram resgatados com a ajuda de voluntários incansáveis.
Atualmente, muitos desses animais estão abrigados no pavilhão da Oktoberfest em Santa Cruz, recebendo cuidados e assistência. No entanto, as equipes de voluntários dependem inteiramente de doações para alimentação, água, medicamentos e assistência veterinária.
“Toda vida importa, ninguém merece ficar para trás”, ressalta Bruna, destacando a importância vital desse esforço humanitário para garantir o bem-estar dos animais afetados pelas inundações catastróficas no Rio Grande do Sul.
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