O Rio Grande do Sul, já sob o impacto avassalador das chuvas intensas que castigam o estado desde o início da semana passada, agora enfrenta uma nova e alarmante situação: a escalada da violência, saques, furtos e roubos em diversos municípios, agravando ainda mais o estado de calamidade que se instalou em muitas comunidades.
Relatos nas redes sociais descrevem cenas de caos e desespero, com moradores narrando assaltos violentos e ações criminosas direcionadas até mesmo contra voluntários que auxiliam nos trabalhos humanitários. Um morador de Porto Alegre, que preferiu não se identificar, descreveu a situação na capital: “O centro de Porto Alegre tá todo saqueado. Farmácia, supermercado, loja, mercado público, tudo.”
Em Canoas, criminosos se passam por necessitados para assaltar voluntários, enquanto em Novo Hamburgo a população teve que se armar para se defender dos bandidos. Muitos residentes estão com medo de abandonar suas casas devido ao receio das ações dos criminosos.
Além dos saques a residências e estabelecimentos comerciais deixados para trás por seus proprietários em busca de locais seguros, os criminosos também estão mirando barcos, jet skis e outros equipamentos vitais para os resgates em áreas de risco.
Para conter essa escalada de violência, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), anunciou o envio de mais 400 agentes da Força Nacional, somando um contingente total de 944 servidores com o reforço da Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.
Além disso, o governador lançou o Programa Mais Efetivo, convocando mil policiais da reserva para ajudar nas áreas afetadas. A Brigada Militar lançou operações contra vandalismo e criminalidade em várias cidades, resultando na prisão de 32 pessoas até o momento.
Enquanto isso, o número de vítimas fatais das enchentes no Rio Grande do Sul subiu para 95, com outros quatro óbitos em investigação. Segundo a Defesa Civil, há 131 desaparecidos, 50 mil pessoas em abrigos e 159 mil desabrigados, impactando mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o estado.
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