A missão não é das mais fáceis, mas o Flamengo batalha para que Filipe Luís faça companhia ao lateral-direito Rafinha no Ninho do Urubu. Tirar o jogador de seleção brasileira da Europa exige um trabalho considerável de convencimento e, acima de tudo, um projeto concreto para que, aos 33 anos, ele seja importante dentro e fora de campo.
É desta forma que o vice-presidente de futebol Marcos Braz e o diretor executivo Bruno Spindel “plantaram a semente” em passagem por Madri. Além de oferecer um contrato com salário acima do padrão brasileiro e equivalente aos maiores vencimentos do elenco, o Flamengo mostrou que Filipe Luís terá um papel fundamental no projeto esportivo do clube.
O plano de metas e conquistas para os próximos anos foi apresentado com pagamento de bônus a cada objetivo pessoal e coletivo. O lateral sabe que, se topar voltar ao Brasil, brigará por títulos de expressão no que o Flamengo propôs e terá a imagem utilizada com frequência no relacionamento com a torcida, algo semelhante ao que ocorre com outros atletas do elenco, principalmente Diego, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol.
Além disso, o Flamengo apresentou opções de moradia para a família na região próxima ao CT Ninho do Urubu e também colégio para os filhos. Todas as possibilidades foram debatidas para a sequência da carreira e vida pessoal. Filipe Luís gostou do que ouviu, mas pediu um tempo para responder.
Ele está há 15 anos na Europa e se estabilizou por lá. O contrato com o Atlético de Madri está no fim, mas uma renovação ainda não foi completamente descartada. Em paralelo, o lateral recebe sondagens com frequência de outros clubes europeus e estuda as ofertas para tomar uma decisão.
A situação foi explicada ao Flamengo, que mantém contatos e espera ganhar a difícil concorrência. Convocado novamente para a seleção brasileira, Filipe Luís estará no Brasil em breve para a disputa da Copa América.
Como considera difícil que uma decisão seja consumada antes do encerramento do torneio, o Flamengo aproveita para seguir a negociação. Um ponto, no entanto, está definido. Se optar por voltar ao Brasil, o catarinense vestirá vermelho e preto. Tudo agora depende do mercado europeu e da decisão que será tomada em família.
*folhapress