Após anunciar no começo de fevereiro que iniciaria uma guerra para dar fim ao gatonet, a (Agência Nacional das Telecomunicações) contou que já começou a desativar remotamente os aparelhinhos piratas usados para usufruir digitalmente do sinal de TV paga e plataformas de streaming.
Recorrendo a dados de associações do setor, a Anatel estima que são cerca de 7 milhões os aparelhos ilegais de TV Box no Brasil – a agência conta apenas os não homologados, ou seja, aqueles que não passaram por testes de conformidade necessários para certificação que libera a venda no país. O número de usuários, ainda que uma projeção, é bem maior.
A agência não informa o número de aparelhos bloqueados nem o modelo do aparelho. Mas comenta, porém, que já há pessoas admitindo o golpe em fóruns na internet dedicados à pirataria. Na mesma linha, o presidente da Anatel, Carlos Baigorri, disse a jornalistas no MWC, maior evento de tecnologia móvel do mundo, que tem gente ligando para a agência reclamando que a TV Box parou de funcionar.
Estes aparelhinhos não só permitem acesso a canais pagos mas também abrem conteúdo de streaming. Mas há riscos. Entre 2021 e 2022, a agência concluiu que modelos piratas de TV Box comprometem a segurança das pessoas, pois permitem:
Roubo de dados de aparelhos que estejam na mesma rede de internet da TV Box. Isso inclui até capturas de tela de celulares ou computadores;
Uso da rede a que estão conectados para executar ataques de negação de serviço (quando uma grande quantidade de computadores se une para derrubar uma plataforma ao fazer requisições simultâneas de acesso)
Como é o o bloqueio?
O combate às TV Box piratas funciona à base de denúncias, recebidas por um grupo de trabalho com técnicos da agência. Em tese, qualquer pessoa pode dedurar. Na prática, são mais bem recebidos os informes feitos por associações de TV paga e streaming, que têm laboratórios para testar aparelhos e elaborar relatórios mais robustos.
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