A abertura do evento contou com a presença do vice-governador e secretário de Estado de Saúde, Carlos Almeida Filho; da primeira dama do Estado, Taiana Lima; do secretário Municipal de Saúde, Marcelo Magaldi; do defensor público-geral em exercício, Antônio Cavalcante; do diretor-presidente da FCecon, Gerson Mourão; da médica ginecologista da FCecon, Mônica Bandeira; da coordenadora Estadual da Atenção Oncológica, enfermeira Marília Muniz; da presidente da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas, Tammy Cavalcante e da presidente do Centro de Integração Amigas da Mama (CIAM), Joana Masulo. Após a solenidade de abertura, a fachada da FCecon foi iluminada na cor lilás.
O movimento foi criado, em nível estadual, a partir do Projeto de Lei (PL) n◦ 068/2018, pelo então Deputado Estadual e hoje secretário estadual de Educação, Luiz Castro, no ano de 2018. E resultando na Lei n◦ 4.768/2019, decretada pela Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) e sancionada pelo Governador Wilson Lima, em 11 de janeiro de 2019. Durante o mês de março serão realizadas programações voltadas para promover a importância da realização anual do preventivo (Papanicolau), a vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) e o uso de camisinha durante as relações sexuais.
O vice-governador e secretário de Estado de Saúde, Carlos Almeida, ressaltou a importância do evento e o empenho do governo em melhorar a saúde do Amazonas. “Temos dentro da Susam, sob a orientação do nosso governador Wilson Lima, realizado todos os esforços possíveis e impossíveis para aumentar a atenção à saúde da população. Nosso desejo é mudar os números de incidência do câncer de colo uterino e estamos todos abraçados e irmanados para tornar isso uma realidade. Nós da Susam, e do governo, estamos dando todo o apoio logístico, técnico e financeiro para as demandas da saúde oncológica, para juntos realizarmos o objetivo de fornecer a população uma saúde melhor”.
Para o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão, o ‘Movimento Estadual Março Lilás’ é um momento ímpar para lançar um olhar no combate à doença, que é altamente prevenível. “Todavia é uma neoplasia que causa tormento às mulheres amazonenses. O movimento será um grito de alerta para toda a sociedade civil e essa causa, com o apoio dos secretários de saúde do estado e do município, representa uma grande mobilização para o combate ao câncer. Esperamos que até o final da gestão do novo governo possamos nos deparar com uma nova realidade e mudanças nas taxas de mortalidade do câncer de colo uterino”, declarou.
Conforme a coordenadora Estadual da Atenção Oncológica, enfermeira Marília Muniz, além da fachada da FCecon, outros monumentos da capital e interior, hospitais e unidades básicas de saúde (UBSs) também receberão a cor lilás em seus prédios. A enfermeira disse que o objetivo do movimento é intensificar as ações de prevenção e diagnóstico precoce de câncer de colo uterino, em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde (Semsa) dos 62 municípios do Amazonas.
“Antes as ações de prevenção eram realizadas conjuntamente com ‘Movimento Mundial Outubro Rosa’ – voltado ao combate do câncer de mama. Agora, pela primeira vez, teremos um mês dedicado à luta contra o câncer de colo uterino, com orientações sobre referência, contra referência e o tratamento adequado”, frisou Marília Muniz.
Programação – Ao longo do mês estão previstas palestras educativas nas UBSs, escolas públicas e privadas, igrejas, associações de bairros, com a parceria de profissionais de saúde e de educação; realização de corridas, passeios ciclísticos e demais atividades esportivas, alusivas ao ‘Movimento Estadual Março Lilás’, que contarão com o apoio da Liga Amazonense de Combate ao Câncer (LACC) e da Rede Feminina de Combate ao Câncer do Amazonas (RFCC-AM).
Prevenção – Segundo a médica ginecologista da FCecon, Mônica Bandeira, idealizadora do ‘Movimento Estadual Março Lilás’, é imprescindível dar luz a tudo o que precisa ser enfrentado na luta contra o câncer de colo uterino. Para isso, é preciso unir forças com gestores, profissionais de saúde e da educação, além de envolver a sociedade civil para fortalecer as ações no combate à doença.
Ela destacou três atitudes fundamentais para se evitar o câncer de colo de útero: a vacinação contra o HPV, causador desse tipo de câncer, o uso de camisinha nas relações sexuais, e fazer o exame preventivo anualmente – para detecção das inflamações precursoras da doença ou câncer na fase inicial.
“O público alvo do preventivo são mulheres que já iniciaram a sua atividade sexual. O exame está disponível nas UBSs. Sobre a vacinação, é extremamente segura, eficaz e gratuita. São necessárias duas doses para ficar protegido. Por se tratar de uma doença sexualmente adquirida, meninas de 9 aos 14 anos e meninos de 11 aos 14 anos devem ser vacinados. A vacina é gratuita na rede pública de saúde e é um presente visando um futuro livre dessa doença. Sobre o uso da camisinha, ajuda no combate ao HPV além de proteger de outras doenças como gonorreia, Sífilis e HIV”, alertou Mônica Bandeira de Melo.
Números – Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no biênio 2018/2019, estima-se para o Brasil 16.370 casos novos de câncer de colo de útero, uma taxa bruta de 15,43 a cada 100 mil mulheres. Para o Amazonas, estima-se cerca de 840 casos novos de câncer de colo de útero, uma taxa bruta de 40,97 a cada 100 mil mulheres. Desses casos novos do estado, cerca de 640 serão mulheres residentes em Manaus.
De acordo com a médica ginecologista, o câncer de colo uterino é a principal causa de mortalidade de mulheres em idade fértil no Amazonas, enquanto em outras regiões o de mama está em primeiro lugar. “O mês alusivo ao combate contra o câncer de colo uterino visa sensibilizar a todos para medidas que ajudam a diminuir a incidência e a mortalidade da doença”, pontuou Mônica Bandeira.
Papiloma vírus humano (HPV) – É um vírus muito contagioso, adquirido sexualmente, causa além de verrugas genitais, vários tipos de câncer em ambos os sexos – como colo uterino, vagina, pênis, garganta, ânus.