O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu empregar em um posto no comando da Casa o ex-senador Hélio José (Pros-DF), que ficou conhecido ao dizer que poderia indicar até melancia para cargo de confiança.
A nomeação de Hélio José da Silva Lima como assistente parlamentar intermediário, lotado na presidência do Senado, foi publicada na edição desta segunda-feira (20) do Boletim Administrativo do Senado Federal.
De acordo com o quadro de estrutura remuneratória dos cargos comissionados da Casa, o salário base do posto que Hélio José foi alçado é de R$ 5.133,63, mas pode chegar a R$ 13.494,42, se somadas gratificações.
Hélio José disputou em 2018 uma vaga de deputado federal, mas acabou derrotado.
Apesar de sem mandato, era visto circulando pelos corredores e pelo plenário do Senado.
Quando senador, chegou a ter mais de 90 funcionários em seu gabinete.
De acordo com as regras do Senado, cada gabinete parlamentar -e aí estão incluídos os escritórios de apoio nos estados– tem uma composição básica de 12 servidores comissionados.
Os cargos de assessor parlamentar e de secretário parlamentar podem ser divididos em até 50 cargos com menor remuneração, desde que a soma dos salários brutos dos cargos fracionários seja menor ou igual ao salário bruto do cargo fracionado. O único cargo que não pode ser fracionado é o de motorista.
Em 2016, Hélio José ganhou os holofotes quando foi divulgada uma gravação em que ele dizia que poderia nomear até uma melancia.
“Isso aqui é nosso. Isso aqui eu ponho quem eu quiser, a melancia que eu quiser aqui, eu vou colocar”, disse em um trecho da conversa em que defendia a indicação de um ex-assessor para o cargo de superintendente da Secretaria de Patrimônio da União (SPU) no Distrito Federal.
A reportagem questionou a presidência do Senado a respeito da nomeação de Hélio José, mas não obteve resposta até o momento.
*Folhapress