A ex-namorada de Diego Maradona, a cubana Mavys Álvares, fez diversas revelações bombásticas ao portal de notícias Infobae nesta quinta-feira (18) — entre elas, a de que, em 2001, quando tinha 17 anos, o jogador argentino a estuprou enquanto a mãe dela chorava atrás de uma porta. O caso aconteceu em Cuba.
“Maradona cobriu minha boca para que eu não gritasse, para não dizer nada, e abusou de mim. Minha mãe veio me ver naquele dia, na casa onde estávamos, em Havana, e Diego não quis abrir a porta do quarto para ela. Minha mãe bateu e ele não abriu. Ele me estuprou. Foi o que aconteceu”, afirmou. Ela contou sobre o abuso que sofreu também ao tribunal, em declaração sob juramento.
Na entrevista, Mavys disse que o impulso de tornar o caso público só agora, 20 anos depois do ocorrido, teve a ver, em um primeiro momento, com o fato de sua filha adolescente ter hoje 15 anos, quase a mesma idade que ela tinha quando sofreu o abuso. Depois, quando viu uma matéria sobre ela, publicada pelo próprio Infobae, em 27 de setembro, decidiu se pronunciar, para que não contassem uma história falsa sobre sua vida.
A conversa com o portal argentino ocorreu em Buenos Aires, onde a moça esteve com o craque ainda em 2001 – na ocasião, ela não conheceu a cidade e ficou presa praticamente o tempo todo dentro de um quarto de hotel. Pela segunda vez na capital argentina, ela agora sorri e conta que já conheceu bairros como Puerto Madero e Puente de la Mujer.
“Eu não tinha visto Buenos Aires. Eu não a conhecia. Não saí do hotel. Fiquei presa praticamente o tempo todo. Fui sequestrada. (…) Encontrei um novo país. Tudo era novo”, afirmou. Questionada se pudesse definir em uma palavra sua estadia na Argentina 20 anos atrás, ela respondeu “traumática”. “Traumática, porque eu vi muitas coisas… eu estava trancada, não podia sair, dependia de todos para tudo, e ninguém fazia nada para eu me sentir bem”.
Mavys contou que, naquele ano, veio à Argentina junto com Maradona, a princípio, para testemunhar uma partida de homenagem ao jogador realizada em Buenos Aires, no estádio La Bombonera. A ideia era retornar a Cuba em seguida, mas a viagem foi estendida porque, segundo ela, o craque a teria obrigado a fazer uma cirurgia para aumentar os seios. “Ele não gostava de seios pequenos. Ele queria que eu tivesse os seios maiores”, disse. A intervenção não teve o aval de nenhum dos pais, requisito fundamental no país, sendo ela menor de idade à época.
Além de todo o sofrimento relatado até aqui, a moça conta que Maradona, que teve sua batalha contra o vício em álcool e drogas amplamente divulgado na mídia, foi violento com ela em diversos momentos em que estava alterado. Ela cita uma vez em que pegou o celular do jogador e ele, enfurecido, em seguida o tomou de volta.
“Ele começou a me insultar, me agarrou, me jogou contra a parede, me deu um tapa e me disse: ‘Nunca mais na sua vida toque no meu celular! Nunca!’. Com a ameaça de me matar”, afirmou.
“Outra vez ele me arrastou pelos cabelos. Estávamos em uma discoteca e, sem querer, dei um soco nas costas dele. Dançando, eu bati nele, sem intenção. E ele ficou muito violento. Ele me empurrou para fora da boate, me colocou no carro, me levou para casa e me arrastou escada acima pelos cabelos. Foi difícil”, completou.