Falar de defesa da Amazônia é falar também da luta das mulheres pela conquista de seu espaço e protagonismo. Seja na organização do trabalho e da economia em suas comunidades, liderando pesquisas sobre a região ou integrando projetos e iniciativas socioambientais, elas possuem um papel decisivo na conservação da floresta e promoção do desenvolvimento sustentável.
Para debater essas potencialidades, abordar diferentes “recortes” e propor soluções voltadas para a igualdade de gênero e empoderamento feminino, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) realizará uma live especial em alusão ao Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta segunda-feira (8). O evento ocorrerá a partir das 17h, através da plataforma Zoom, com transmissão ao vivo pelo canal da FAS no YouTube (www.youtube.com/fasamazonia).
Com o tema ‘Protagonistas da Amazônia’, a live terá a participação de lideranças femininas que atuam na construção de novas perspectivas sociais e ambientais na região. São elas a superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, Valcléia Solidade; a consultora de Gênero e Diversidade da FAS, Giselle Mascarenhas; a coordenadora da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia), Carolina Ramírez Méndez; a supervisora de Políticas Públicas e Cooperação Internacional da FAS, Letícia Cobello; a ativista indígena Samela Sateré Mawé; a presidente da Associação de Travestis, Transexuais e Transgêneros do Estado do Amazonas (Assotram), Joyce Gomes; e a líder comunitária da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, Izolena Garrido.
A proposta do bate-papo é discutir a realidade e os desafios das mulheres no contexto amazônico. O debate terá como base uma análise produzida no âmbito do projeto “Engajamento social para impulsionar o empoderamento das mulheres contra a violência de gênero”, desenvolvido pela FAS em parceria com a organização Think Olga. A publicação traz um diagnóstico sobre violência de gênero e o papel da mulher nas comunidades Tumbira, Saracá e Santa Helena do Inglês, situadas na RDS do Rio Negro, levando consideração fatores geográficos, geração de renda, lazer e diversão, acesso a informação e dinâmica social interna.
A pesquisa foi realizada com objetivo de desenvolver uma ferramenta de empoderamento contra a violência de gênero em formato de jogo interativo de tabuleiro, que ainda será aplicado nas comunidades. “É um projeto sobre empoderamento feminino. A ideia é fazê-las entender as violências que sofrem, além da física. Mostrar possibilidades de liberdade e autossuficiência. Pois, não é do dia pra noite que se sai de uma situação de abuso. Mas é importante identificar e avistar saídas”, afirma a consultora do projeto, Giselle Mascarenhas.