O delegado Eduardo Paixão, titular da Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (Decon), indiciou por estelionato e associação criminosa, na tarde de quinta-feira (9/5), por volta das 15h30, Jefferson Eduardo Silva, 26, e um idoso, que usou a identidade de uma outra pessoa ao longo dos procedimentos policiais. De acordo com Paixão, a dupla estava sendo investigada por integrar um bando especializado em aplicar golpes na cidade, envolvendo a venda de tijolos.
Eduardo Paixão explicou que a dupla foi interceptada por policiais militares lotados na 10ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom), no momento em que efetuava a entrega de tijolos e fazia mais uma vítima na cidade. Conforme o delegado, a dupla é integrante de um esquema criminoso denominado “Golpe do Tijolo com Fundo Falso”.
“Os infratores anunciavam milheiro de tijolos em um site de compra e venda, com preços muito abaixo do praticado no mercado. Quando um cliente contratava o serviço, os infratores iam até a casa da pessoa e exigiam que ela pagasse antecipadamente pelos tijolos, mas entregavam uma quantidade muito menor do que a vendida à vítima”, esclareceu o delegado.
Na tarde de quinta-feira (9/5), por volta das 14h, ao perceber que se tratava de um golpe, uma das vítimas, um homem de 35 anos, ligou para a Decon e denunciou o esquema ilícito. Imediatamente a equipe da especializada acionou os policiais militares da 10ª Cicom para dar apoio à ocorrência. Os policiais militares se deslocaram até a rua Rodolfo Teófilo, no Conjunto Amazonino Mendes, bairro Novo Aleixo, zona norte de Manaus, e constataram a veracidade da informação.
“Pela péssima qualidade da mercadoria e realizando uma contagem atenta, é possível identificar um fundo falso no caminhão, que simula a quantidade paga pelas vítimas, induzindo o cliente a cair em um golpe. Quando os policiais militares chegaram ao endereço da vítima, havia quatro indivíduos, mas dois deles, munidos de arma de fogo, fizeram uma pessoa refém e fugiram no carro dela”, disse Paixão.
Jefferson e o idoso foram detidos pelos policiais militares e conduzidos à Decon, onde foram indiciados por estelionato e associação criminosa. Foi instaurado Inquérito Policial (IP) em torno do caso. Após os procedimentos cabíveis, eles foram liberados e irão responder ao processo em liberdade.
O titular da Decon pede às pessoas que possam colaborar com a identificação do homem que forneceu a identidade falsa para que comuniquem o verdadeiro nome dele e contribuam com informações pessoais sobre ele.