Diversos empresários de todo o país viram o faturamento de suas empresas despencar de um hora para outra devido à pandemia do novo coronavírus. Três meses após o alastramento da doença no Brasil, a Caixa Econômica Federal lançou o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), linha de crédito que tem como objetivo garantir recursos a pequenos negócios e a manutenção dos empregos.
O banco oferecerá R$ 3 bilhões em capital de giro para as empresas. O programa está disponível para microempresas com receita anual de até R$ 360 mil e para microempreendedores que movimentam até R$ 81 mil. Além disso, também foram contempladas empresas de pequeno porte que faturam por ano até R$ 4,8 milhões. Os interessados no empréstimo terão carência de 28 meses para iniciar o pagamento da dívida.
A adesão ao Pronampe é feito pelo site do próprio banco. O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, diz que alguns ajustes no programa estão em desenvolvimento, entre eles a criação de um aplicativo. Ele pede que os interessados evitem o comparecimento às agências.
“Neste momento de pandemia é eficiente e rápido que o contato seja feito pelo site. Como falamos, vamos melhorar e operacionalizar via um aplicativo que está sendo desenvolvido, porém queremos antecipar atendimento para agilizar o crédito”, aconselha o presidente.
Entre as vantagens da nova modalidade de crédito está o pagamento do empréstimo em até 36 vezes e taxa de juros de 1,25% mais a taxa Selic, que varia mensalmente e hoje está em 2,25%. Para empresas com menos de 12 meses de funcionamento, o limite de contratação do crédito é até 50% do capital social ou até 30% da média do faturamento mensal calculado desde o início das atividades. O empreendedor escolhe pela forma mais vantajosa.
Para empresas com mais de um ano de funcionamento, o limite de contratação corresponde a 30% da receita bruta anual calculada com base no exercício de 2019.
Um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ) que ouviu 470 empresários do estado mostrou que 38,7% dos entrevistados têm a intenção de recorrer a empréstimos até o final de junho. O principal motivo para recorrer ao crédito, segundo os empresários, se dá principalmente pelo impacto que a Covid-19 trouxe ao comércio.
*Brasil 61