Uma professora da Escola de Tempo Integral Maria do Céu, na Zona Norte de Manaus, testou positivo para o novo coronavírus nessa segunda-feira (10), primeira dia do retorno das aulas presenciais na rede estadual de ensino da capital. A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) informou que, nesta terça-feira (11), os estudantes e servidores da unidade foram liberados para nova desinfecção no local.
Nessa segunda-feira, 123 escolas da rede estadual de ensino de Manaus retomaram o ensino presencial, de forma híbrida, de cerca de 55 mil alunos, e outros 55 mil devem voltar às salas nessa terça-feira (11). Estudantes e professores protestaram contra o retorno das aulas por conta do risco de contágio da Covid-19, que já infectou mais de 107 mil pessoas no Estado. O Amazonas foi o primeiro Estado do País a retomar as aulas presenciais na rede pública.
A secretaria informou que, segundo a equipe gestora, a servidora não apresentava sintomas e retornou ao trabalho normalmente, nessa segunda (10). Durante à noite, após um mal estar, ela procurou assistência médica. Conforme o documento apresentado pela servidora, o teste foi realizado no mesmo dia e apresentou resultado positivo para o novo coronavírus.
A Seduc informou, por meio de nota, que adotou os procedimentos previstos nos Protocolos de Saúde junto à Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) após ser notificada sobre o diagnóstico da servidora. A escola deve passar, nesta terça, por um novo processo de desinfecção do ambiente para que as atividades sejam retomadas, com data ainda não informada.
“A Secretaria de Educação informa, ainda, que está dando início ao procedimento de monitoramento da saúde dos estudantes e professores, conforme o Procedimento Operacional Padrão (POP) definido previamente, que será acompanhado pelas autoridades em saúde”, diz a nota.
Protestos contra volta às aulas
Um grupo de estudantes fixou cruzes em frente à sede do Governo do Amazonas, em Manaus, na manhã desta terça-feira (11) em protesto contra o retorno das aulas presenciais na capital. O ato teve início por volta das 8h30 e conta com representantes do Associação Sindical dos Professores de Manaus (Asprom), que deflagrou greve de professores na segunda (10), e integrantes da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas.
Na manhã dessa segunda (10), um grupo de professores fixou cruzes em um ato de protesto contra o retorno das aulas presenciais. O ato aconteceu na rotatória do Produtor, na Avenida Autaz Mirim, Zona Leste de Manaus.
Dezenas de cruzes foram colocadas no gramado da rotatória como forma de representação pelas mortes causadas pela Covid-19. Além das cruzes, uma placa com a frase “Escola fechada, vidas preservadas” foi estendida no local.
Após exatos 146 dias com as aulas suspensas por conta da pandemia de Covid-19, o Amazonas foi o primeiro Estado do País a retomar as aulas na rede pública e o ‘primeiro dia’ de retorno nas escolas, nessa segunda-feira, teve baixa adesão dos estudantes, novos hábitos para enfrentar e protesto de professores contra o retorno.
Agora, segundo o Governo do Amazonas, o procedimento de entrada nas escolas inclui: aferição de temperatura, higienização dos sapatos, em um tapete sanitizante, e das mãos, junto ao totem de álcool em gel. As medidas visam evitar a disseminação do novo coronavírus.
Segundo o governo, as escolas passaram por adequações referentes aos protocolos estipulados no Plano de Retorno às Atividades Presenciais da Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc), como a instalação de pias e dispositivos de álcool gel/sabonete e a sinalização dos ambientes comuns da unidade.
O documento, elaborado em conjunto com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), está disponível para consulta no site oficial da secretaria, pelo link: www.educacao.am.gov.br/plano-de-retorno-as-atividades-presenciais.
O retorno das aulas no interior do Amazonas segue sem previsão. As escolas particulares de Manaus foram as primeiras do País a reabrirem as portas e estão com as aulas presenciais desde o dia 6 de julho.
*G1