A capital será palco para o maior evento de lutas solidárias do Norte, o “I Alan Nuguette Fight Night Social”, que acontece no próximo sábado (26), a partir das 8h, na Arena Amadeu Teixeira, avenida Constantino Nery, bairro Flores, zona centro-sul de Manaus. Entrada é um quilo de alimento não perecível.
A iniciativa é do atleta de peso-leve de MMA, Alan Patrick Nuguette, por meio do seu Instituto “Amigos do Alan Nuguette” que conta com academias conveniadas em 17 municípios do Amazonas com mais de 2 mil atletas, entre iniciantes de alto rendimento, que abraçou a causa. O instituto também está presente nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e no Distrito Federal.
“Vamos fazer aqui no Amazonas o que o mundo já sabe e respeita – um polo de campeões. Neste evento, não estamos cobrando as inscrições das crianças, pois muitos pais não têm nem o que comer em casa, o que dirá pagar 100 reais (preço médio de inscrição de um campeonato). Vamos fazer este, para cada vez mais chamar atenção para novos projetos sociais, que fazem o que podem para tirar a meninada da marginalidade e dar uma nova vida de transformação por meio do esporte”, disse Alan Nuguette.
Com 600 lutas casadas entre atletas de projetos apoiados pelo Instituto com idades a partir de 4 anos até os atletas mais experientes e profissionais. Mais de 2 mil inscrições foram realizadas e o evento terá surpresas.
“Teremos uma surpresa, uma das lutas mais esperadas a minha será às 10h e teremos convidados de peso para o evento. Teremos um evento totalmente diferenciado contando com muitas premiações e sorteios para os atletas e plateia”, disse Alan.
Nuguette nasceu em uma família muito pobre e desestruturada por conta do alcoolismo dos pais. Muito cedo, o menino franzino aprendeu a ser engraxate e recebeu o apelido que acompanha por toda a vida – Nuguette, mas com a vida marcada pela violência acabou indo viver nas ruas. O esporte o resgatou para fazê-lo um grande campeão fora e dentro do tatame. No UFC, Alan Nuguette foi o primeiro e único atleta que na pesagem deu um salto mortal, uma marca registrada que herdou na Capoeira e levou essa luta tão típica brasileira para o octógono.
“Todas às vezes que vou visitar as academias conto a minha história. Todo mundo tem história triste para contar, mas o que você faz para transformar a sua realidade é a grande virada de chave. É por isso e por nossas crianças que eu não vou parar”, disse o atleta que defende o Amazonas nas lutas e que atualmente reside em Orlando, na Flórida.
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