Rondônia tem dois casos suspeitos de coronavírus em Porto Velho. Um casal que estava em São Paulo no dia 20 de janeiro pegou um táxi compartilhado com um chinês que tossia bastante. Seis dias após, o homem começou a apresentar sintomas e sinais sugestivos e, com oito dias, a mulher. Como pacientes, os dois já estão seguindo o protocolo de prevenção e tratamento. Os exames estão sendo enviados à Fiocruz para descartar ou confirmar a doença. A informação é do secretário Fernando Máximo, da Saúde, que reuniu a imprensa, nesta sexta-feira, para esclarecer, mais detalhadamente, a respeito da doença e da situação no estado.
Ele reafirmou que as orientações sobre cuidados e fluxos de atendimentos estão sendo transmitidas, conforme protocolos nacionais e internacionais da Organização Mundial de Saúde (OMS). Máximo disse que o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs) da Agevisa fornece atendimento durante 24 horas, com técnicos qualificados para orientar e tirar dúvidas da população. O Comitê de Prevenção, Controle e Enfrentamento do Coronavírus, criado pela Sesau, está em contínuo contato com o Ministério da Saúde. O secretário Fernando Máximo participará de uma reunião no Ministério da Saúde, em Brasília, com todos os secretários estaduais de saúde do país e o ministro Luiz Henrique Mandetta, para definir mais estratégias.
Em contato com as prefeituras municipais, a Sesau também reuniu-se com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, para otimizar os fluxos de atendimento e não induzir pânico à população. Segundo o secretário Fernando Máximo, apenas os exames confirmam o coronavírus, então, as orientações quanto à prevenção são de suma importância. “A secretaria municipal de saúde de Porto Velho tem realizado treinamentos com todo o efetivo de saúde, mas o coronavírus não difere de outros vírus diante dos cuidados de prevenção e disseminação, e mesmos cuidados no enfrentamento geral desse vírus”, afirmou.
A recomendação de atendimentos para quem tem suspeita de coronavírus é procurar unidades básicas de saúde ou as Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s). “Tanto crianças quanto adultos serão atendidos, avaliados e, em maioria, liberados para casa, mesmo sendo suspeitos ou caso confirmado, para tratamento”, como explicou o secretário de saúde. Segundo ele, somente os pacientes com indicação de internação serão encaminhados para hospitais de referência. “Não é pra ir para o Cemetron, João Paulo II e Cosme e Damião. O fluxo criado pelo Ministério da Saúde deve ser seguido, evitando as possibilidades de contato, para prevenir a transmissão dessa doença”, explicou Fernando Máximo.
O coronavírus pode ocasionar morte, porém, como explicou a Sesau, há menos de 2% de mortalidade em pacientes que apresentaram a doença em 2020, 95% dos casos confirmados são leves. “Agora que a OMS decretou estado de emergência, de importância internacional, as pessoas ficam mais alertas, tomam providências para prevenir e enfrentar melhor os pacientes com as doenças, o que tende a diminuir a mortalidade”, disse Máximo.
Em Porto Velho, as pessoas suspeitas são submetidas a exames, coletados e avaliados em Porto Velho para descartar gripe, H1N1 e outras doenças, e outras amostras são enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para confirmar ou descartar o coronavírus em sete dias. Como não existe um medicamento específico para o coronavírus, havendo complicações os pacientes precisam ficar internados, como em casos de insuficiência respiratória ou renal.
Com informações da Secom