Em um comício realizado na capital venezuelana nesta quinta-feira (18), o presidente Nicolás Maduro fez um alerta dramático sobre o futuro do país. Candidato à reeleição, Maduro afirmou que a Venezuela enfrentará um “banho de sangue fratricida” se seu partido não vencer a disputa eleitoral marcada para o próximo dia 28 de julho.
“O destino da Venezuela no século 21 depende da nossa vitória no dia 28 de julho. Se não querem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo”, declarou Maduro, ressaltando a importância crucial destas eleições para a estabilidade do país.
A declaração do presidente vem em meio a uma série de eventos que têm aumentado a tensão política na Venezuela. Nesta semana, a justiça venezuelana prendeu um assessor da principal opositora de Maduro, Maria Corina Machado. A detenção foi rapidamente condenada pelos Estados Unidos, que divulgaram um comunicado criticando a ação do governo venezuelano.
A situação se agrava com os dados divulgados pela ONG Laboratório de Paz. Segundo um relatório publicado no início da semana, desde o início do período eleitoral, 71 opositores ou assessores de opositores já foram detidos na Venezuela. Esse cenário reforça as preocupações sobre a repressão política e o clima de intimidação que envolve o processo eleitoral no país.
Maduro, que enfrenta uma crescente pressão internacional e interna, busca consolidar seu poder e evitar uma possível escalada de violência. Suas declarações destacam a frágil situação da democracia venezuelana e os desafios enfrentados pelo país em um período crítico de sua história.
Com as eleições se aproximando, a comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos na Venezuela, preocupada com a possibilidade de um aumento da repressão e da violência política.
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