Situada em uma ilha da baía de São Francisco, nos Estados Unidos, e transformada em 1868 pelo governo norte-americano em um complexo penitenciário para abrigar presos de alta periculosidade, a Prisão de Alcatraz é cercada de mistérios e lendas.
Uma delas é a de que nunca um prisioneiro tenha fugido e sobrevivido, embora haja histórias consideradas lendas nesse sentido, como a de três prisioneiros que conseguiram escapar da famosa prisão em 1962, mas cujos corpos nunca foram encontrados.
Durante muitos anos se acreditou que eles tinham morrido durante a fuga, mas há um estudo indicando que eles podem ter sobrevivido.
É importante destacar que eram mandados para aquela prisão gangsters, assassinos em série e prisioneiros fugitivos. Na pequena ilha de Alcatraz, entre 1934 e 1963, aquela era uma das prisões mais seguras do planeta. Pelo lugar passaram figuras como Robert F. Stroud, James “Whitey” Bulger e o lendário mafioso Al Capone.
As condições oferecidas eram severas e o local servido por um alto nível de proteção, de modo que mesmo que o fugitivo de alguma forma saísse do prédio, teria que enfrentar as águas geladas da baía.
Mais de 30 prisioneiros tentaram escapar da ilha, mas nenhuma das tentativas foi bem-sucedida, revelam os dados dos coordenadores do local.
MISTÉRIO
Os prisioneiros Frank Morris e os irmãos Jones e Clarence Anglin empreenderam um plano de fuga durante vários anos. Com uma colher de metal, usada como broca e de um motor aspirador, em 1962, eles fizeram um furo na parede da cela e chegaram à costa, onde eram aguardados por uma jangada caseira feita de capas de chuva.
Como haviam deixado imitações de cabeças feitas de papel e restos de cabelo nos beliches das celas, a fuga só foi notada algumas horas depois.
Entretanto, nunca a polícia conseguiu encontrar os fugitivos e as autoridades declararam os prisioneiros como mortos.
Mas em janeiro de 2020, um programa de reconhecimento facial investigou uma foto tirada em 1975 no Brasil e o sistema identificou as pessoas como John e Clarence Anglin. Isso levou a empresa irlandesa Identv a afirmar que os irmãos fugitivos sobreviveram com uma probabilidade de 99,7%.
Para as autoridades policiais, o caso criminal ainda está aberto, mas não há previsão das autoridades americanas para retomar a busca.
A prisão funcionou até 1963, quando o promotor Robert Kennedy, a penitenciária de Alcatraz, empenhou-se em fechá-la devido aos custos financeiros.