A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro veio a público negar veementemente qualquer participação ou conhecimento sobre a suposta fraude em seus cartões de vacinação e os de sua filha. Em comunicado assinado por Fábio Wajngarten, Daniel Bettamio Tesser e Paulo Amador da Cunha Bueno, os advogados afirmam que Bolsonaro nunca ordenou ou teve ciência de que seus assessores estariam envolvidos na fabricação de certificados vacinais com informações falsas.
O ex-presidente Bolsonaro foi indiciado nesta terça-feira (19) pela Polícia Federal, juntamente com o tenente-coronel Mauro Cid, seu antigo ajudante de ordens, sob acusação de supostamente falsificar seus cartões de vacina contra a Covid-19. Além de Bolsonaro e Cid, outras 15 pessoas foram indiciadas no caso.
A defesa de Bolsonaro também expressou surpresa com a formalização do indiciamento, afirmando que tomaram conhecimento através da imprensa durante a manhã. Reiteraram ainda que o ex-presidente nunca se submeteu à vacinação contra a Covid-19 por convicções pessoais.
Em relação ao cartão de vacinação de sua filha, a defesa argumenta que, na época dos supostos fatos, ela estava dispensada de apresentar atestado vacinal para viagens aos EUA, por ser menor de idade. Quanto ao próprio Bolsonaro, alegam que, na qualidade de presidente da República, ele estaria isento dessa exigência e que, ao retornar dos Estados Unidos em março de 2023, realizou um teste PCR, utilizando esse documento para regressar ao Brasil.
Os advogados questionam a lógica por trás de uma suposta conspiração criminosa, dado que nem Bolsonaro nem sua filha precisavam dos certificados de vacinação para suas viagens. Argumentam que, se alguém agiu em relação aos cartões de vacinação, foi por iniciativa própria e não por ordem do presidente.
O comunicado da defesa encerra reiterando a inocência de Bolsonaro e sua filha, sustentando que estão sendo alvo de acusações infundadas e que confiam na justiça para esclarecer os fatos. O caso, que tem gerado grande repercussão no país, continua a ser acompanhado de perto pela imprensa e pela opinião pública, enquanto as investigações prosseguem.
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