Na última sexta-feira (8), a Polícia Civil do Amazonas apreendeu uma adolescente de 16 anos, acusada de maus-tratos que resultaram na morte de seu filho, Vinícius Gael Abreu Corrêa, de apenas 1 ano de idade. A situação chocante também levou à prisão em flagrante de Roney Marinho de Abreu, de 38 anos, irmão da adolescente, e sua companheira, Maria Aparecida Pantoja Garcia, de 25 anos. Ambos teriam participação ativa nos atos de violência cometidos contra a criança.
Conforme as investigações, Maria Aparecida teria influenciado a adolescente a agredir o próprio filho, incitando atos de violência física e contribuindo diretamente para o cenário de abusos. Roney, proprietário da residência onde todos viviam, manteve-se em silêncio diante das agressões, mesmo ciente da situação, o que foi interpretado pela polícia como uma forma de conivência. De acordo com a apuração policial, Roney alegou que seu silêncio teria sido motivado por medo de que todos acabassem detidos.
“Essa criança foi assassinada pela própria mãe, uma adolescente de 16 anos, incentivada pelo irmão e a cunhada a bater na criança porque ela chorava muito. Ainda teve um irmão que fugiu, mas o dono da casa foi preso, e a cunhada dele que era a que mais incentivava a menor a agredir essa criança também foi presa”, disse o delegado Paulo Mavignier.
Durante a operação policial, um pedaço de madeira foi apreendido na residência e, segundo a polícia, ele teria sido usado para agredir o bebê. O objeto continha inscrições perturbadoras, como “Deus mostrai-me a verdade” e “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”, sugerindo um tom de religiosidade que, de acordo com os investigadores, poderia ter sido utilizado para justificar ou encobrir os atos de violência.
A adolescente foi apreendida por ato infracional análogo aos crimes de tortura e homicídio. O caso, considerado grave, agora está sob responsabilidade do Juizado Infracional, que avaliará as medidas aplicáveis à menor. Já Roney Marinho e Maria Aparecida foram autuados em flagrante e permanecem à disposição da Justiça, onde responderão pelas acusações de tortura e homicídio.
Este trágico caso levanta um alerta para a necessidade de atenção e denúncias sobre maus-tratos infantis, especialmente em cenários onde crianças estão em condições de vulnerabilidade dentro da própria família.
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