Uma mulher identificada como Flávia Ketlen Matos da Silva, que é cunhada do influenciador João Lucas da Silva Alves, 24, conhecido como Lucas Picolé, também foi presa na Operação Dracma, deflagrada pela Polícia Civil do Amazonas na manhã desta quinta-feira (29), contra um esquema de venda de rifas, com participação de blogueiros, que movimentou mais de R$5 milhões.
Além de Flávia Ketlen e o cunhado também foi preso o influenciador digital Enzo Felipe da Silva Oliveira, 24, conhecido como Mano Queixo. A influencer Isabelly Aurora também é alvo da investigação e na casa dela foi cumprido apenas mandado de busca e apreensão.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, titular do 13° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Flávia Ketlen montou uma empresa com o cunhado e é suspeita de ajudar na lavagem de dinheiro. A conta bancária dela era utilizada para receber os valores das compras de produtos ilegais e das rifas.
“A gente tinha conhecimento de um grupo criminoso que utilizava da qualidade de influencer digitais para angariar vítimas no sentidos dessas vitimas pagarem por rifas ilegais. Eles faziam o sorteio dessas rifas sem qualquer tipo de fiscalização ou controle por parte do Ministério da Economia. A partir do levantamento dos valores dessas rifas ilegais, eles acabavam ecoando o dinheiro na compra de veículos de luxo. Lucas Picolé e a cunhada Flávia Ketlen conseguiram com esse dinheiro montarem uma empresa”, detalhou o delegado.
“A Flávia Ketlen não é influenciadora. Ela opera auxiliando na lavagem de capitais. Ela figura na empresa do Picolé, onde são vendidos produtos falsificados e utiliza a conta dela para receber o dinheiro da compra desses produtos ilegais e das rifas. Por conta disse, ela também encontra-se na investigação da lavagem de dinheiro”, destacou.
Flávia Ketlen também é funcionária da prefeitura de Manaus e atua na Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc) desde fevereiro deste ano.
O esquema criminoso consistia na venda de rifas eletrônicas por um valor de cerca de R$0,50 centavos e após a venda de todos os bilhetes o sorteio era realizado mas uma pessoa próxima aos influenciadores e pertencente ao mesmo ciclo, acabava ganhando e a premiação retornava aos influencers que seguiam com a fraude.
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