Extra | O prefeito Marcelo Crivella foi muito vaiado por moradores ao chegar, por volta das 8h30 desta sexta-feira, ao Condomínio Figueira do Itanhangá, na favela da Muzema, Zona Oeste do Rio, onde dois prédios desabaram. Uma multidão se aglomera diante da faixa de interdição instalada pela defesa civil. O prefeito acompanha as buscas junto as equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil. Ao menos duas pessoas morreram e duas ficaram feridas.
Moradora de uma rua próxima ao condomínio, Natasha Bom, de 25 anos, contou que viu três pessoas sendo retiradas com vida e duas que estariam mortas. Entre os sobreviventes, segundo ela, está o vice-presidente da associação de moradores da Muzema, pastor Cláudio Rodrigues, de 40 anos, da Assembleia de Deus, sua mulher Adilma Rodrigues, de 35 anos, e sua filha Clara, de 6 anos. A família tinha se mudado para lá há uma semana.
– Acordei com o barulho de tudo desmoronando. Corri para cá e vi o pastor sua mulher e sua filha sendo socorrido e duas pessoas mortas sendo retiradas. Tenho amigos aqui e isso é muito triste – lamentou.
Familiares disseram ao Bom Dia Rio, da TV Globo, que Cláudio está em estado crítico, desacordado, teve traumatismo craniano e foi transferido do Hospital municipal Lourenço Jorge, onde foi socorrido, será submetido a cirurgia.
Já Adilma está sendo submetida a uma cirurgia por causa de um trauma no abdomên, segundo a Secretaria municipal de Saúde. Clara teve uma fratura na perna, mas já foi liberada.
Funcionária de uma lavanderia na região, Maria do Socorro Pereira da Silva, de 60 anos, está no local aguardando notícias de sua colega de trabalho Zenilda Bispo Amorim e do filho dela, Juan, de 12 anos:
– Ela mora no prédio e não atende o telefone celular desde que comecei a procurá-la. Ela está sob os escombros, infelizmente, junto com o filho. Estamos todos desesperados. O clima entre moradores da região é tenso. Dois deles chegaram a entrar em luta corporal agora há pouco próximo à faixa de interdição. Outros moradores pediram calma e apartaram.